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Poder

Dilma: “não vai ser fácil retirar 11 mil militares do governo e fazê-los voltar aos quartéis”

Segundo a ex-presidente, além da desmilitarização do governo, é urgente debater a regulamentação da mídia e todas as outras pautas que resultaram no golpe de Estado em 2016. “O Brasil não é governável sem isso”, disse à TV 247. Assista

Dilma Rousseff, Jair Bolsonaro e Augusto Heleno (Foto: Roberto Stuckert/PR | Fernando Frazão/ABr)
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247 - A ex-presidente Dilma Rousseff, em entrevista à TV 247, afirmou que todas as pautas que resultaram no golpe de Estado no Brasil em 2016 são pautas emergenciais, principalmente a regulamentação da mídia e a desmilitarização do governo. Segundo ela, “não é possível supor que será algo tranquilo tirar 11 mil militares do governo e fazê-los voltar ao quartel”.

Dilma afirmou que o Brasil não é “governável” sem que os aspectos golpistas do país sejam combatidos. “O que tem de ser emergencial é o que levou às condições para o golpe de Estado. A elite do atraso no Brasil, o capital financeiro, esses segmentos do pato amarelo que foram lá para a Avenida Paulista, os setores oligopolistas dessa mídia, a Globo, os jornais e grupos de comunicação familiares e não familiares, e atualmente até os religiosos, têm de ter todo um processo de regulamentação e de desconstrução da situação oligopólica. Sem isso você não segura o Brasil. O Brasil não é governável sem isso”.

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“Acho que são essas duas questões, tanto a da mídia quanto a da volta aos quartéis, que têm que ser discutidas claramente no Brasil. Não dá para esconder essa discussão e deixá-la para depois. Se deixá-la para depois ela não sai”, completou.

A ex-presidente esclareceu que não defende o controle do conteúdo do que é veiculado na mídia. Isto, para ela, é função do cidadão, que tem direito de escolher o que quer ou não consumir. Dilma disse defender apenas a proibição de que formem-se oligopólios de grupos de comunicação, assim como acontece em outros setores da economia. “O controle da mídia é o controle remoto. O que nós queremos é que haja primeiro a separação deles. Não se pode deixar que eles se agrupem em um esquema monopolista, como qualquer setor econômico. Eu não quero dizer que vou controlar o conteúdo do que eles falam. Eles sempre colocam que nós queremos controlar a liberdade de expressão. Quero não! Eu quero que esse controle do que eu quero escutar se dê pelo consumidor. O controle que quero sobre eles é econômico”.

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