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      Dilma quer votação e financiamento em consulta

      Segundo o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, a mensagem que a presidente Dilma Rousseff deve enviar ao Congresso para convocar um plebiscito terá "duas diretrizes essenciais": financiamento de campanha e sistema de votação; após reunião de Dilma com presidentes de partidos aliados do governo, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), que pode vir a ser rival do PT em 2014, resumiu a situação política do País: "Precisamos compreender a distância que se estabeleceu entre a sociedade e sua representação, como se os governos, os partidos, fossem analógicos, e a sociedade, digital"

      Dilma quer votação e financiamento em consulta
      Rodolfo Borges avatar
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      247 - Terminou por volta das 13h50 a reunião da presidente Dilma Rousseff com presidentes de partidos da base aliada. E coube, mais uma vez, ao ministro da Educação, Aloizio Mercadante, falar pela presidente. Segundo ele, a mensagem que Dilma deverá enviar ao Congresso Nacional para convocação de um plebiscito terá "duas diretrizes essenciais": financiamento de campanha (se público, privado ou misto) e sistema de votação (se proporcional ou distrital).

      Segundo o ministro, o plebiscito vai "nortear" a reforma política, mas, segundo ele, a "palavra final" sobre as novas leis será do Congresso Nacional. "Só o Congresso Nacional tem a competência de estabelecer a lei partidária, a lei eleitoral. Por isso que o plebiscito baliza e norteia a reforma, mas quem define é o Congresso Nacional", disse, acrescentando que os eleitores deverão decidir sobre as questões "centrais" do novo sistema político.

      Após a reunião, Mercadante disse que a presidente “saudou o movimento que o Congresso vem fazendo de acolher as demandas de manifestantes nos protestos de rua". Ele citou a derrubada da PEC 37, a aprovação dos royalties do petróleo majoritariamente para a educação e a qualificação da corrupção como crime hediondo.

      Entre os participantes da reunião, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), resumiu o clima político no País. "Nós, todos os partidos políticos, as forcas políticas, precisamos compreender a distância que se estabeleceu entre a sociedade e sua representação, como se os governos, os partidos, fossem analógicos, e a sociedade, digital", disse.

      Reunião

      Participaram da reunião desta quinta presidentes do PT, PP, PMDB, PSD, PRB, PR, PSB, PTB e PDT. No caso de o governo optar por um plebiscito, seria feita uma consulta à população sobre o que deve ser debatido em uma reforma política. O resultado da consulta definiria os limites das mudanças, que teriam que ser implementadas por projetos de lei ou emendas à Constituição. No caso de um referendo, o processo seria inverso. Os deputados e senadores proporiam uma reforma política, que depois seria apresentada para a consulta popular.

      Uma fonte do governo disse à Reuters nesta quinta-feira que além de haver uma divisão entre os aliados sobre como deve ser encaminhada a reforma, também há dificuldade de aprovar as mudanças para valer já na próxima eleição, como quer Dilma. Segundo essa fonte, que pediu para não ter o nome revelado, a expectativa da presidente é que até terça-feira seja possível enviar ao Congresso uma lista de temas que devem ser abordados na consulta popular.

      Com Reuters

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