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Dilma vive dilema para fazer faxina na Agricultura

Depois de comandar 21 demisses no Ministrio dos Transportes, Dilma mira na Agricultura do ministro Rossi; suspeitas que se comprovaram no Dnit tambm pesam sobre a Conab, mas Agricultura est na mo do PMDB, do viceMichel Temer

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247 – O país ficou sabendo nas últimas semanas que o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) é uma autarquia loteada, refém de interesses políticos e foco de desvios de recursos públicos e corrupção em Brasília. Essa impressão já pairava sobre o DNIT há anos na capital federal e é a mesma em relação à Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), que corre o risco de passar pelo mesmo pente fino que o DNIT depois das denúncias de Oscar Jucá Neto, ex-diretor da Conab e irmão do líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), à revista Veja.

Jucá Neto disse à revista que a Conab estaria segurando um repasse de R$ 15 milhões para a empresa Caramuru Alimentos enquanto tentava negociar um aumento de R$ 5 milhões no valor para ser dividido entre autoridades do Ministério da Agricultura. O ex-diretor da Conab também acusou o ministro Wagner Rossi, da Agricultura, de lhe oferecer dinheiro para “ficar quieto”. Os funcionários da Conab protestam há anos para que suas diretorias sejam compostas seguindo critérios técnicos, algo que diminuiria a possibilidade de ilícitos na autarquia.

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A Associação Nacional dos Empregados da Conab (Asnab) cobrou do governo no início deste ano o mesmo tratamento dispensado à Embrapa – também submetida ao Ministério da Agricultura – que estaria “blindada” de influências políticas por dispositivos como a eleição de seus diretores por um comitê composto por membros de fora da empresa. O argumento é de que a gestão da autarquia precisa ser mais profissional. Devido à influência política – o atual diretor, Evangevaldo Moreira dos Santos, é indicado pelo PTB de Goiás – a companhia estaria muito mais exposta a desvios.

Uma devassa na Conab dependerá, contudo, de uma sequência de denúncias capaz de desgastar o governo progressivamente, a exemplo do que ocorreu no caso do DNIT. Vai contar também a pressão da oposição, que já percebeu o incômodo que causa na presidente Dilma Rousseff ao remexer nas suspeitas de ilícitos de seu governo. Só a ameaça de um longo desgaste deve motivar o Planalto a realizar uma nova limpeza do tamanho pela qual passou o Ministério dos Transportes e o DNIT. Ainda mais porque quem manda no Ministério da Agricultura é o PMDB, do vice-presidente Michel Temer.

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A análise de que a presidente tomou uma atitude no caso dos Transportes (na mão do PR) e se comporta de outra forma no caso da Agricultura, aliás, já começa a ser feita e pode complicar ainda mais sua relação com a base aliada. Ao relatar como transcorreu a reunião de coordenação do governo da manhã desta segunda-feira, a ministra da Comunicação Social, Helena Chagas, disse que Dilma não abordou as denúncias em relação ao Ministério da Agricultura, mesmo com a presença de Romero Jucá à reunião. Segundo a ministra, também não há previsão de reunião entre a presidente e o senador sobre o assunto. Bem diferente dos afastamentos imediatos ordenados por ela nos Trasnportes.

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