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Dino: 'avanço da extrema direita no 1º turno não tira favoritismo de Lula'

Recém-eleito senador, Flávio Dino avalia ser preciso ampliar a margem de votação de Lula no Nordeste e conquistar o eleitor de centro-direita para garantir a vitória de Lula

Flávio Dino e o candidato Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Ricardo Stuckert)
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247 - 247 - O ex-governador e recém-eleito senador Flávio Dino (PSB-MA) disse que apesar da força demonstrada por Jair Bolsonaro (PL) no primeiro turno das eleições, que mostra uma “tendência de fortalecimento do extremismo de direita”, isso não "rompe o favoritismo" do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no segundo turno, que será realizado no dia 30 de outubro.

“Me surpreendeu, mas não rompe o favoritismo do Lula. Vamos vencer.  Achei que ele [Bolsonaro] teria algo em torno de 35%, 36% dos votos. Jamais imaginei que ele chegaria a 40%. Isso mostra que temos no planeta uma tendência de fortalecimento de extremismo de direita, e essa tendência se confirmou no Brasil. Se Bolsonaro se consolidar nessa eleição, ficará ainda mais difícil, porque os segundos mandatos de protoditadores tendem a ser ainda mais nocivos, ainda mais agressivos”, disse Dino ao jornal Folha de S. Paulo

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Ainda segundo ele, é preciso ampliar a margem de votação de Lula no Nordeste e conquistar o voto do eleitor de centro-direita para garantir a vitória no segundo turno. “Vamos ampliar no Nordeste. Vamos nos reunir com a campanha para discutir o papel dos senadores e governadores eleitos para garantir, no caso do Nordeste, a margem de votos do primeiro turno e buscar ampliar a votação na região. E vamos disputar o eleitor de centro, ao apresentar uma agenda social emergencial, com itens como aumento do salário mínimo acima da inflação, transferência de renda, segurança alimentar, gás de cozinha. Também tem que mostrar o comprometimento com a agenda da família, da liberdade religiosa, isso deve ser enfatizado, porque é verdadeiro. Lula não coagiu igrejas”, destacou o senador eleito. 

Na entrevista, Dino também defendeu o fim do orçamento secreto e a construção de alianças caso Lula vença o pleito presidencial. “Quem ajuda a ganhar [a eleição] ajuda a governar, com políticas públicas, com ministérios. Isso não é ilícito, não é imoral, é uma decorrência de uma sociedade plural. Lula vai construir uma maioria parlamentar partilhando o poder. Quem acha que partilhar o poder é ruim na verdade é defensor de partido único, defensor de ditaduras. Vamos ter que governar com partidos à direita do nosso campo. Eles conseguiram votos, o que enriquece e legitima melhor o sistema representativo”.

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“O campo da esquerda não conseguirá sozinho sustentar o governo. Isso implica agregar forças parlamentares diferentes. No mínimo, parte dos partidos que estão com Bolsonaro hoje [como PP e Republicanos] estará ajudando [um eventual] governo Lula”, ressaltou. 

“O Bolsonaro, se reeleito, puxa o Congresso ainda mais para a direita. O Lula, se eleito, modera mais; ele divide essa maioria da direita, porque os partidos não são homogêneos nem internamente nem entre si. O centrão é uma aglomeração contingencial de interesses. Com o Bolsonaro essa aglomeração é mais forte; com o Lula, ela é mais frágil”, avaliou mais à frente. 

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Ainda segundo ele, “o resultado da eleição presidencial vai definir o tamanho da independência do Judiciário no Brasil. Se Bolsonaro vencer, essa independência ficará bem pequenininha, porque ele ia se juntar com o Congresso e fazer dois [Poderes] contra um. Ele [Bolsonaro], no mínimo, patrocinaria uma emenda de ampliação do Supremo para ter o controle sobre o Judiciário. E, com certeza, eles tentariam um processo de impeachment contra algum ministro do Supremo pelo nível de ódio que é a subjetividade dominante do Bolsonaro. Então a eleição deste segundo turno vai definir o futuro do Executivo e também do Judiciário”.

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