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Dino convenceu Lula a assinar a GLO ao propor uma ação segmentada e temporária dos militares

Presidente concordou em reforçar a presença militar em áreas cruciais como portos, aeroportos e fronteiras, onde a União é responsável pela fiscalização

Flávio Dino e Lula 21/7/23 (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

247 – Quando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva se viu diante da decisão de assinar um decreto para instituir a Garantia da Lei e da Ordem (GLO) e, assim, intensificar a presença dos militares na segurança pública, ele inicialmente hesitou. O receio de colocar as Forças Armadas nas ruas e favelas, com temores de possíveis conflitos civis, era um obstáculo difícil de superar.

Contudo, o Ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, desempenhou um papel determinante na mudança de perspectiva do presidente Lula, segundo informa o jornalista Paulo Cappelli, no Metrópoles. Dino argumentou que a GLO poderia ser implementada de maneira segmentada, não necessariamente abrangendo todo o território de um estado. Essa abordagem específica atenderia a necessidades estratégicas sem a necessidade de uma aplicação generalizada.

O presidente Lula, ao tomar conhecimento dessa possibilidade, reconsiderou sua posição anterior. Ele concordou em reforçar a presença militar em áreas cruciais como portos, aeroportos e fronteiras, onde a União é responsável pela fiscalização. Essa decisão resultou na mobilização de aproximadamente 3,7 mil homens das Forças Armadas, incluindo Exército, Marinha e Aeronáutica, que terá início nesta segunda-feira.

O anúncio dessa decisão estratégica foi feito durante uma coletiva de imprensa do governo Lula, onde o presidente e o Ministro Flávio Dino compartilharam os detalhes da ação das Forças Armadas em áreas estratégicas do país. Esse episódio evidencia como o diálogo e a colaboração entre líderes podem levar a decisões que conciliam a segurança nacional com as preocupações de ordem pública, refletindo um equilíbrio sensato na tomada de decisões governamentais.