Em BH, João Santana tem o seu maior desafio
Marqueteiro vai precisar usar estratégias diferentes para eleger Patrus Ananias, em BH, e Fernando Haddad, em SP; já conhecido por mais de 90% dos belo-horizontinos, o ex-ministro do Desenvolvimento Social terá que convencer muita gente que vota em Marcio Lacerda (PSB) a mudar de lado
Minas 247 – O marqueteiro político João Santana terá dois desafios e tanto nestas eleições municipais: as duas candidaturas que contarão com seu trabalho de marketing estão ainda muito atrás nas pesquisas. Em São Paulo, o petista e ex-ministro Fernando Haddad estabilizou-se nos 7%, sem conseguir ainda atingir os dois dígitos nos levantamentos de opinião. Em Belo Horizonte, Patrus Ananias tem muito mais, 27%. Os dois percentuais são da última pesquisa do Datafolha.
Números atuais à parte, o desafio maior para João Santana é em Minas, como defende o diretor-geral do Datafolha, Mauro Paulino. Haddad, por ser ainda desconhecido de 45% do eleitorado paulistano, tem um vasto caminho, teoricamente, a conquistar. É um eleitor mais “fácil” de ser ganho, uma vez que ainda não confrontou suas opiniões com o candidato que desconhece.
Para Patrus, porém, isso não ocorre. O ex-prefeito de BH e ex-ministro de Lula é conhecido por 91% do eleitorado, índice muito alto, sobretudo antes do início da campanha na TV. Ele pode ter mais dificuldade em conseguir uma virada justamente por ser muito conhecido. O raciocínio, de forma simplificada, é claro, funciona assim: se um eleitor diz não votar em Patrus, mesmo conhecendo-o, é porque, em tese, optou por outro nome.
A entrada de João Santana na campanha em Belo Horizonte reflete bem o sentido de prioridade na vitória de Patrus. Uma das campanhas mais nacionalizadas deste ano, a corrida à prefeitura da capital mineira virou obsessão para a presidenta Dilma Rousseff, principalmente depois que a candidatura de Lacerda à reeleição ficou muito identificada com o PSDB e principalmente com o senador e ex-governador Aécio Neves - hoje, o mais provável adversário de Dilma em 2014.
Santana sabe a guerra que vai enfrentar em Belo Horizonte, especialmente após o início da propaganda eleitoral na TV. Esse deve ser o “pulo do gato” que o marqueteiro espera conseguir na candidatura de Patrus, e assim conseguir driblar o inconveniente de o ex-prefeito, embora já muito conhecido, ainda esteja distante do líder nas pesquisas.
O marqueteiro do PT tem alguns trunfos para reverter o jogo. Patrus é um nome muito bem avaliado na cidade. O petista tem um índice de rejeição baixíssimo em Belo Horizonte - apenas 15%, segundo o Datafolha.
Paulino, do Datafolha, lembra que a administração do petista na capital, entre 1993 a 1996, pode ser mais importante do que sua passagem na Esplanada dos Ministérios, no governo Lula. Patrus deixou a prefeitura de BH com aprovação de quase 90%.
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