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Em marcha, operação para tirar Chalita do páreo

Candidato do PMDB vem sendo assediado com promessa de ministrio em Braslia para pular fora da disputa na capital paulista; uma das possibilidades o ministrio da Educao,de Fernando Haddad, pr-candidato do PT; ser que ele desiste?

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247 - Está em curso uma operação para facilitar a ascensão de Fernando Haddad, ministro da Educação e pré-candidato de Lula à prefeitura de São Paulo. E ela passa pela reforma ministerial que a presidente Dilma deve realizar em dezembro, com a saída dos ministros que devem ser candidatos às eleições municipais. O grande nome dessa reforma seria o de Gabriel Chalita, que desistiria da disputa em São Paulo, para assumir um ministério de peso na máquina federal, como o da Educação, hoje ocupado por Haddad, que deve sair. Assim, seria possível reproduzir, no plano municipal, a aliança realizada entre PT e PMDB, que venceu as últimas eleições presidenciais.

Falta, no entanto, convencer Chalita e o próprio PMDB. Segundo deputado federal mais votado nas últimas eleições, ele acredita que tem chances reais de vencer a disputa. Sua aposta: indo para o segundo turno contra um candidato do PT, teria o apoio do governador paulista Geraldo Alckmin, de quem é amigo. O PMDB, por sua vez, considera estratégica a eleição de Chalita em São Paulo, para que o partido se posicione com força para a disputa de 2014. Há quem avalie, entretanto, que a demissão de Wagner Rossi, da Agricultura, enfraquece a candidatura de Chalita, por reduzir suas condições de financiamento.

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Outra peça importante a ser removida, na operação pró-Haddad, é Marta Suplicy, que lidera as pesquisas de opinião em São Paulo, com 30% das intenções de voto. E isso também passaria pela reforma ministerial de Dilma. Fala-se que Marta poderia assumir o das Cidades, hoje ocupado pelo encrencado Mario Negromonte, do PP. Oficialmente, Marta e Chalita prometem ir até o fim. Mas, em política, nada é definitivo.

Leia, abaixo, entrevista recente de Chalita concedida ao 247:

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247 – Pré-candidato à prefeitura de São Paulo, o deputado federal Gabriel Chalita, recém-filiado ao PMDB, concedeu entrevista exclusiva ao Brasil 247. Nela, defendeu escola em tempo integral na rede pública e disse que irá buscar o apoio tanto do PT como do PSDB. Leia mais:

Brasil 247 - O senhor é candidato à prefeitura de São Paulo?

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Gabriel Chalita - Sou pré-candidato. As candidaturas serão homologadas no ano que vem. Mas seria uma honra disputar as eleições e apresentar um projeto para a cidade. Acredito que o maior desafio de um prefeito é o de melhorar a vida das pessoas, gerando oportunidades.

247 - Quais as principais bandeiras?

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Chalita – Modernizar São Paulo. Esse processo se inicia com uma educação de qualidade, passa por serviços públicos que resolvam a imensa demanda da população e por projetos que solucionem os nossos maiores problemas, como trânsito, segurança (em parceria com o Estado), emprego, áreas de lazer etc. A mobilidade urbana é um grande desafio. Em pouco tempo, não teremos mais condições de transitar nesta cidade. É necessário um olhar integrado para o transporte público e para a as alternativas, já implantadas em outros países, de melhoria do fluxo de automóveis.

247 – Isso atrairia mais turistas?

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Chalita – Claro. São Paulo tem também uma vocação turística que precisa ser intensificada. Um dos projetos é criar uma broadway paulistana. São Paulo carece de uma política cultural. A cultura, além de desenvolver a sensibilidade, gera emprego e renda. Revitalizar o centro de São Paulo também é outro projeto que vai dar à nossa cidade uma nova imagem. Uma cidade com o poder econômico de São Paulo não pode conviver com uma cracolândia. Precisamos investir no turismo e nos espaços de convivência da nossa população. As pessoas buscam São Paulo sonhando com oportunidades. Aqui, vêm para trabalhar, fazer tratamento de saúde, participar de eventos de negócios, divertir-se etc. E, aqui, devem ser acolhidas.

247 - É possível implantar escolas em tempo integral em toda a cidade?

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Chalita – Essa será uma das principais bandeiras. Basta olhar para os outros países e ver o que a educação foi capaz de gerar, inclusive em termos financeiros. São Paulo vergonhosamente deixa mais de 100 mil crianças em filas de espera nas creches, além das que não têm espaço para a pré-escola. A educação em tempo integral vai mudar a história da nossa cidade. Seremos um modelo para o Brasil de cuidado e respeito com as nossas crianças e adolescentes.

247 - Acredita que conseguirá romper a polarização entre PT e PSDB?

Chalita – Todos os partidos têm direito de ter candidatura própria. Espero que, nas eleições do próximo ano, tenhamos a oportunidade de discutir projetos para São Paulo. Isso é fundamental. As pessoas querem saber quem tem o melhor projeto e as melhores condições para executá-lo. Tenho amigos nos dois partidos e tenho respeito por eles, mas tenho a certeza de que teremos as melhores propostas para a nossa cidade.

247 - O deputado Cândido Vaccarezza, líder do governo na Câmara, estava presente à filiação. O PT pode vir a apoiá-lo?

Chalita – Acho difícil o PT não ter candidatura própria em São Paulo. De qualquer forma, há muito tempo até as eleições. Tempo para conversas, para amadurecimento de ideias e possibilidades.

247 - Como encara a oposição interna no PMDB, liderada por Paulo Skaf?

Chalita – Não há oposição interna no PMDB. Estamos unidos. O Michel Temer é um grande líder. Tivemos diversas reuniões com ele, com outras lideranças nacionais e com o deputado Baleia Rossi, que é uma jovem revelação da política e que preside o PMDB no Estado. Vamos unir todos os movimentos internos do partido: juventude, mulheres, sindicatos, empresários etc. E buscar atrair pessoas que estão distantes da política. Esse é o nosso desafio. Atrair novas lideranças. É preciso mostrar que, na política, o pior caminho é a omissão. Participando, somos capazes de melhorar a política e, consequentemente, a gestão das cidades, dos estados e do nosso país.

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