Em Pernambuco, Humberto e João da Costa fecham acordo

PE247 – Depois de muito barulho e de recados lançados (de todos os lados), o senador Humberto Costa (PT) e o prefeito do Recife, João da Costa (PT), enfim, fecham questão sobre alguma coisa. Mas engane-se quem pensa que é sobre quem será o candidato petista na sucessão da capital pernambucana nas eleições de outubro. Em entrevista ao Blog da Folha, o parlamentar, que comanda a corrente Construindo um Novo Brasil (CNB) no Estado, revelou que fechou um acordo com o correligionário para tirar da mídia o debate sobre o pleito municipal e, por consequência, as tantas desavenças do partido.

“Fiz um acordo com o prefeito João da Costa de tirar esse assunto da mídia. Quando chegar em março, o debate sobre sucessão será feito. Conversamos e vimos que não dá para fazer esse debate pela imprensa”, declarou Humberto, deixando claro a sua nova posição: “Mas, por enquanto, não quero mais falar sobre esse assunto. Ok?”.

Mas será que eles vão conseguir? Provavelmente, não! O debate eleitoral já está muito acirrado e não pertence mais só ao PT. O PTB, do senador Armando Monteiro Neto já colocou as manguas para fora e provocou uma série de reações na Frente Popular de Pernambuco, comandada pelo governador Eduardo Campos (PSB). Como os petebistas não querem apoiar o prefeito João da Costa, iniciaram um debate sobre múltiplas candidaturas no campo governistas, e, a cada dia, aparecem mais interessados em discutir o assunto.

Curiosamente, o prefeito João da Costa já vinha defendendo essa postura desde o ano passado. O gestor, que é o principal alvo de críticas internas no PT e também em partidos aliados, sempre demonstrou o interesse de se ver livre da repercussão diária de declarações quase sempre fortes. Porém, até o momento, o apelo de Costa não era ouvido pelas principais lideranças do partido.

Entretanto, vale ressaltar que o presidente regional do PT, deputado federal Pedro Eugênio, já havia feito outro pacto de “silêncio”. Mas esse versa única e exclusivamente sobre a eterna briga dos Joões. O dirigente acordou com o prefeito João da Costa e o deputado federal João Paulo que os dois não mais alimentariam, pela imprensa, a briga que nutrem. Acordo que não foi cumprido à risca. Vez por outra, uma alfinetada era disparada por um dos interessados.