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Escândalo do bicheiro chega ao Planalto

Nome do ministro Alexandre Padilha aparece em grampo telefnico da Polcia Federal, na Operao Monte Carlo, como tendo autorizado o grupo de Carlos Cachoeira a dar sequncia a um negcio na rea da sade, aps reunio em Braslia

Escândalo do bicheiro chega ao Planalto (Foto: FABIO RODRIGUES-POZZEBOM/Agência Brasil)
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247 – Como previa a presidente Dilma, a CPI do Cachoeira pode fazer muito estrago na sua gestão. Na mais recente revelação da investigação da Polícia Federal na Operação Monte Carlo, o nome de seu ministro Saúde, Alexandre Padilha, Saúde, aparece em conversa telefônica como tendo autorizado o grupo do empresário Carlos Cachoeira a dar sequência a um negócio na área da saúde, após reunião em Brasília. Via assessoria, o ministro diz que não conhece e nunca teve nenhum encontro com Wladimir Garcez ou Carlinhos Cachoeira.

Leia na matéria da Folha:

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O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, teve o nome citado em uma conversa telefônica como tendo autorizado o grupo do empresário Carlos Cachoeira a dar sequência a um negócio na área da saúde, após reunião em Brasília.

Na gravação feita pela Polícia Federal na Operação Monte Carlo, Wladimir Garcez, ex-vereador do PSDB de Goiânia e auxiliar de Cachoeira, conversa com o chefe.

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"Teve a conversa com o Padilha, todos os outros lá, o chefe de gabinete, e [ele] achou interessante: faz o projeto, mostra o que que é, ele fala o que que é possível lá dentro e dá para nós um veredito lá. Mas que autorizou a gente a tocar pra frente o negócio, que eles têm condição de ajudar", diz Garcez a Cachoeira, em março de 2011.

A conversa não deixa claro qual é o interesse de Cachoeira -que, segundo a PF, é dono oculto de um laboratório e controla um instituto que reúne grandes empresas da área farmacêutica.

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Três meses depois, o empresário telefonou para outro auxiliar, Gleyb Cruz, e o orientou a acionar o primo do assessor do Palácio do Planalto Olavo Noleto, o designer Fernando Noleto Rosa, a respeito de assunto na área da saúde.

"Encontra com ele pessoalmente", orienta Cachoeira.

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Documentos da Junta Comercial mostram que Fernando é sócio de Alan Silva, chefe de gabinete de Padilha quando ele era ministro de Relações Institucionais.

Fernando confirmou ter se encontrado com Gleyb, Garcez e Cachoeira, que, diz ele, queriam abrir um canal de diálogo com Olavo. Segundo ele, o pedido não foi atendido.

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"[Cachoeira] queria que apresentasse as pessoas lá de dentro, pensando que eu tinha contato. Eu disse: 'Não tenho contato'. Todo mundo quer ser apresentado ao Olavo." Sobre o "negócio" na Saúde, Fernando disse não saber do que se tratava. Ele afirmou que é amigo de infância de Alan.

Na mesma conversa, Garcez mencionou a Cachoeira o nome de "Olavo" como supostamente relacionado a outro projeto de interesse do grupo. "Tem um negócio aqui, aquele reconhecimento facial que nós olhamos lá em Brasília, tem um cara que colocou que está junto com o Olavo. [...] Vamos ver se nós fecha exclusividade para o Centro-Oeste."

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Olavo Noleto é assessor do Planalto desde 2003, tendo trabalhado com Padilha em 2009 e 2010.

Ministro nega ter recebido aliados de Cachoeira

O ministro Alexandre Padilha disse, via assessoria, que não conhece e nunca teve nenhum encontro com Wladimir Garcez ou Carlinhos Cachoeira.

Além disso, diz a assessoria, eventuais projetos apresentados em audiência só são aprovados após crivo técnico.

A assessoria disse ainda que no mês da interceptação telefônica não houve nenhum evento que pudesse guardar relação com o diálogo.

"É importante ressaltar que todos os projetos apresentados em audiência com o ministro são encaminhados para análise da área técnica responsável por aquele tema. Qualquer posicionamento do ministro a respeito da viabilidade de um projeto e do interesse do projeto para as políticas de saúde do ministério só é tomado após parecer das áreas técnicas", diz ainda a nota da assessoria.

O advogado de Carlinhos Cachoeira, Marcio Thomaz Bastos, afirmou ontem à Folha que não se manifestará sobre questões pontuais.

"Está tudo muito descontextualizado e o processo está correndo sob segredo de Justiça." O advogado de Garcez não foi localizado ontem para comentar o assunto.

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