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Escritura desmonta versão de Marconi sobre casa

Reportagem do 247 publicada ontem revelou que a casa onde Carlos Cachoeira foi preso, e que pertenceu a Marconi Perillo, nunca foi do empresrio Walter Paulo, como dizia o governador; est em nome de laranjas; a questo : de quem?

Escritura desmonta versão de Marconi sobre casa (Foto: Edição/247)
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247 - Ontem, em reportagem exclusiva, o 247 trouxe a escritura da casa que pertenceu ao casal Marconi e Valéria Perillo (leia mais aqui). Ela foi vendida por R$ 1,4 milhão à empresa Mestra Participações, embora o governador dissesse que o dono era o empresário Walter Paulo. Hoje, o jornal Estado de S. Paulo aprofunda a história e revela que Walter Paulo nunca foi dono da empresa Mestra, que está em nome de laranjas. Na mesma casa, Carlos Cachoeira foi preso. Leia aqui a manchete do Goiás 247 que revela bastidores do caso e, abaixo reportagem do Estado de S. Paulo:

GOIÂNIA - A empresa que comprou a casa do governador Marconi Perillo (PSDB), em Goiânia (GO), na qual foi preso o contraventor Carlinhos Cachoeira, está em nome de supostos laranjas. Embora o governador afirme que vendeu a casa para o empresário Walter Paulo, dono da Faculdade Padrão - que por sua vez confirmou a compra do imóvel em entrevista ao jornal O Popular, de Goiânia -, a Mestra Administração e Participações não tem nem nunca teve Walter Paulo em seu quadro societário.

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Quando o imóvel foi vendido, a empresa estava em nome de Sejana Martins, Fernando Gomes Cardoso e Ecio Antônio Ribeiro. Sejana saiu da sociedade dois dias depois da venda da casa, e Fernando em dezembro último. Só Ecio permanece como dono da empresa. Sejana é diretora da Faculdade Padrão.

Em entrevista concedida no dia 2 de março ao jornal goiano, Perillo afirmou: "Isso a gente espalha para os amigos, pede ajuda. Aí o Wladimir (Garcêz, ex-vereador) entrou em contato. Quando fui passar a escritura, ele me informou que seria Walter Paulo o comprador. Eu nem falei com ele (Walter). O dono do cartório trouxe os documentos para eu assinar e depois levou ao comprador. Recebi os três cheques e fui fazendo os depósitos, como combinado".

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Walter Paulo, por sua vez, afirmou no dia seguinte ao mesmo jornal: "Foi feito o negócio direitinho, peguei a escritura. Eu sabia que a casa era do governador, mas nunca falei com ele sobre isso. O senhor Wladimir é que fez os contatos. O governador assinou honestamente e a casa é minha". Desde a entrevista, nem Paulo nem seu advogado atendem à imprensa.

A Mestra Administração e Participações tem sede na cidade de Aparecida de Goiânia. Conforme o registro de imóveis, ela comprou a casa de Perillo pelo valor de R$ 1,4 milhão no dia 13 de julho de 2011, um dia após o contraventor Carlinhos Cachoeira e o ex-vereador Wladimir Garcêz serem flagrados tratando da venda de uma casa.

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Na conversa, gravada pela Polícia Federal durante a operação Monte Carlo, Garcêz diz a Cachoeira que iria se encontrar com Jayme Rincón - presidente da Agência Goiana de Transportes e Obras e tesoureiro de Perillo na campanha de 2010 - em um shopping em Alphaville. Segundo a PF, Cachoeira diz ao ex-vereador para pegar "o dinheiro urgente".

O governador Marconi Perillo já confirmou que tratou da casa com Garcêz, mas negou que a venda fosse para Cachoeira.

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'O dono era Paulo'. Marconi Perillo afirmou, por nota, que "a informação que chegou a ele era que o dono era Walter Paulo". "Vendi a residência e passei a escritura. A informação que chegou a mim pelo corretor é a de que o comprador era o sr. Walter Paulo. Recebi o dono do cartório, assinei a escritura e dei por encerrado o assunto", afirmou o governador. Ele reafirma a versão de que recebeu três cheques pela casa.

O Estado tentou contato com Walter Paulo. Seu advogado não atendeu às ligações. No escritório de advocacia, um funcionário disse que iria informar Paulo sobre o contato, e que este retornaria "se houvesse algum interesse".

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A reportagem do Estado também ligou para o celular de Sejana e para o escritório onde ela trabalha, mas a secretária informou que ela não estava e retornaria a ligação, o que não ocorreu. Fernando Gomes Cardoso e Ecio Ribeiro não foram localizados.

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