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Ex diz não ser “lixo” e põe de pé CPI anti-Dilma

Eu no sou lixo para ser varrido, discursou Alfredo Nascimento; foi a senha para a oposio ganhar as assinaturas que faltavam para a CPI dos Transportes; Presidente, tchau e beno, completou Magno Malta, do mesmo PR

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247 – O que parecia uma reclamação protocolar, feita apenas para registro nos anais do Senado, virou o princípio de uma revolta partidária. Minutos depois de o ex-ministro Alfredo Nascimento, dos Transportes, ter reclamado de “falta de apoio” do governo à sua gestão, o senador Magno Malta, líder do PR no Senado, deu seu recado. “Vamos sair desse bloco, vamos fazer apoio crítico ao governo”, anunciou. “O que é bom é bom, o que é ruim é ruim. Presidente, tchau e benção”. A ironia foi seguida do que pode ser entendido como uma ameaça: “Segue com o seu ministério, faz como a senhora quiser. Nós vamos continuar na base governista, mas vamos sair do bloco do governo no Senado”. No final da tarde, a oposição completou as 27 assinaturas necessárias para requerer a CPI dos Transportes – era tudo o que o governo não queria.

“Eu não sou lixo, meu partido não é lixo para ser varrido da administração pública”, disse Nascimento. “Em momento algum pedi ou determinei ação que eu pudesse me arrepender ou me envergonhar”, disse Nascimento, empolgado, entre voz alta e dedo em riste. “Renunciei ao cargo de ministro no momento em que não recebi do governo o apoio que havia sido prometido pela presidente Dilma Rousseff”.

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Com dez adesões do PSDB, quatro do DEM, quatro do “aliado de primeira hora” PMDB, três do PDT, duas do PP, duas do PSOL, uma do PMN e outra de Kátia Abreu (sem partido), o que aconteceu em seguida foi a ida do senador Álvaro Dias ao serviço de protocolo do Senado, registrar o pedido. O PR, com sete senadores, nem precisou aderir ao movimento para que ele ficasse de pé. Significa que a oposição tem fôlego para suportar eventuais defecções. Uma vez protocolado o pedido, a secretaria-geral do Senado confere as assinaturas. Se tudo bater, a Comissão terá de ser instalada.

A CPI dos Transportes é a resposta que o Senado encontrou para dar à faxina promovida por Dilma no Ministério. Por meio do atual ministro Paulo Sérgio Passos, o governo já exonerou 26 integrantes da cúpula ministerial, desmontando esquemas de perduraram por anos, sob o controle do PR. O partido, por seu lado, colocou-se em posição de ataque, adiantando, nas palavras de Magno Malta, que está disposto, até mesmo, a romper. Agora, é esperar os próximos capítulos.

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Nomeação

Nascimento afirmou, ainda, que as nomeações na pasta dos Transportes não foram decididas individualmente por ele. O ex-ministro afirmou que as indicações partidárias para preenchimento de cargos no governo são "uma prática usual no País" e que ele chegou a nomear pessoas indicadas por outros partidos. Ele ressaltou, no entanto, que todas as nomeações têm o aval da Casa Civil e da presidente da República.

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Por fim, em tom indignado, Nascimento defendeu seu filho, que também foi alvo de denúncias de que a incorporadora de imóveis da qual foi sócio prestou serviços a diversos órgãos públicos, e cujo patrimônio cresceu de R$ 60 mil a R$ 54 milhões. "Meu filho não é ladrão", protestou o senador, afirmando que ele construiu seu patrimônio com esforço próprio e que provaria a inocência dele com documentos da Receita Federal e balanços contábeis de sua empresa.

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