Feldman nega interesse político em denúncia
Por meio de nota, o deputado tucano afirma que as denúncias contra ele são "apenas uma manobra de desvio de foco do real problema"; nesta quarta-feira, um ex-diretor de Gabriel Chalita acusou Walter Feldman de ter lhe oferecido R$ 500 mil para bancar denúncia contra o peemedebista
247 - O deputado Walter Feldman (PSDB-SP) negou, por meio de nota enviada na noite desta quarta-feira, que tenha havido algum interesse político na denúncia feita por ele contra o deputado Gabriel Chalita (PMDB), apresentada pelo ex-diretor de Tecnologia da Fundação para o Desenvolvimento da Educação (FDE) Milton Leme (entenda o caso). Segundo Feldman, ele fez o que caberia a "qualquer agente público: encaminhar ao Ministério Público para investigar e não transformá-la em matéria político eleitoral".
Ainda na nota, o tucano diz que as denúncias são "apenas uma manobra de desvio de foco do real problema amplamente divulgado pela imprensa nacional" e que, em quase 30 anos de campanhas eleitorais, nunca sofreu qualquer tipo de acusação. O deputado confirma ter se encontrado com Leme, mas diz ter sido num encontro de cinco minutos, nos quais ele "não acrescentou nenhuma informação adicional" à denúncia de Roberto Grobman.
Nesta quarta-feira, Leme informou ao jornal O Estado de S.Paulo ter recebido a oferta de R$ 500 mil para confirmar uma denúncia de propina contra o ex-secretário de Educação do governo de São Paulo, Gabriel Chalita. A denúncia foi revelada inicialmente por Grobman, que apresentou Leme a Feldman. O tucano não cita o dinheiro na nota, mas afirma que não houve nada além de um encontro e o esforço de encaminhar a denúncia ao Ministério Público.
Leia abaixo a íntegra da nota:
Um álibi de desvio de foco
Ao receber a grave denúncia formulada pelo Sr. Roberto Grobman, no segundo semestre de 2012, fizemos o que cabe a qualquer agente público: encaminhar ao Ministério Público para investigar e não transformá-la em matéria político eleitoral.
Se a intenção fosse criar escândalo, teria oportunidade de fazer isso no auge do período eleitoral.
Para reforçar a extensão e seriedade do problema e o envolvimento de outros atores, o Sr. Roberto apresentou o Sr. Milton Leme em conversa expedita de cinco minutos, a qual não acrescentou nenhuma informação adicional.
Absolutamente não houve nenhum contato complementar ou qualquer tratativa a não ser o reforço de encaminhamento ao Ministério Público.
Seria ingênua, irresponsável ou primária qualquer atitude diferente desta.
Participo de campanhas eleitorais há quase trinta anos, muitas das quais em posição de destaque, no cargo de coordenador, e nunca sofri qualquer tipo de acusação. Seria primário e ineficaz tomar uma atitude como esta que tentam me imputar.
É evidente que esta é apenas uma manobra de desvio de foco do real problema amplamente divulgado pela imprensa nacional.
Essa prática não corresponde nem à minha história pessoal nem à intransigente postura do PSDB de compromisso com a ética.
WALTER FELDMAN
DEPUTADO FEDERAL – PSDB /SP
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