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Poder

Fernando Pimentel, alternativa a Palocci

Ministro do Desenvolvimento chegou a ser cogitado como opo para a Casa Civil

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Rodolfo Borges_247, de Brasília – A presidente Dilma Rousseff enviou um recado claro ao PT paulista, de onde ela imagina que teria partido o "fogo amigo" contra o ministro Antônio Palocci. Sua alternativa para a Casa Civil seria o ministro do Desenvolvimento, Fernando Pimentel, que é amigo de Dilma desde os tempos da luta armada e é a pessoa mais próxima a ela na Esplanada dos Ministérios. Isso significa que os autores dos disparos não seriam beneficiados com a eventual queda de Palocci, que vem sendo criticado por ter multiplicado por vinte seu patrimônio nos últimos quatro anos.

A presença de um mineiro na Casa Civil seria um golpe na ala paulista do PT, que, liderada por nomes como José Dirceu, Rui Falcão, João Paulo Cunha e Ricardo Berzoini, vem demonstrando insatisfação com o preenchimento dos cargos no governo. O problema é que Pimentel, alternativa apresentada por Dilma, está entre os outros cinco ministros do governo que, ao contrário de Palocci, mantêm suas empresas de consultoria – o ministro-chefe da Casa Civil mudou o ramo de atividade de sua empresa, para não conflitar com sua atuação no governo, instruído pela Comissão de Ética da Presidência.

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Matéria publicada pelo jornal O Estado de S.Paulo mostrou que os ministros do Desenvolvimento, da Justiça, da Integração Nacional, dos Portos e de Assuntos Estratégicos mantêm empresas de consultoria. A empresa Projeto, de Palocci, deixou de fazer consultoria para administrar imóveis. Mas as empresas de Pimentel, José Eduardo Cardozo (Justiça), Moreira Franco (Assuntos Estratégicos) e Fernando Bezerra (Integração Nacional) atuam no ramo de consultoria em gestão empresarial. Já a empresa de José Leônidas Cristino, secretário de Portos, atua no ramo de construções de edifícios e instalações esportivas e recreativas.

No Congresso Nacional, o governo vai manobrando para evitar a convocação para que Palocci se explique à Câmara. As duas reuniões que tinham requerimentos de convocação do ministro foram canceladas antes mesmo de começar. A Comissão de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, que também tinha requerimento de convocação de Palocci, mas para falar sobre a atuação do governo no novo Código Florestal, foi suspensa pelo início da ordem do dia – a marcação da sessão deliberativa para o período da manhã já indicava o objetivo do governo de impedir a votação dos requerimentos.

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Diante do que a oposição chamou de “blindagem do Palocci”, o líder do PSDB na Câmara, Duarte Nogueira (SP), propôs em Plenário a convocação do ministro, mas a base do governo argumenta o chefe da Casa Civil já apresentou todas as explicações necessárias. O líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP), disse que os deputados deveriam estar votando as medidas provisórias 517 e 521 em vez de estar se ocupando do que ele chamou de “guerra declarada da oposição” contra Palocci. “Tudo para tentar desmoralizar o governo da presidente Dilma”, disse Vaccarezza.

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