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      FHC se vê como o pai a ser morto por Lula

      Na festa de 70 anos do economista Pedro Malan, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso afirmou que há um problema "psicanalítico" na relação conflituosa entre PT e PSDB; "tem que tirar o pai da frente, eles sabem que quem começou a estabilização fomos nós, quem começou as políticas sociais fomos nós"; FHC criticou ainda as constantes comparações entre os dois partidos e afirmou que, na questão ética, o PT tem, agora, o "mensalão na testa"

      FHC se vê como o pai a ser morto por Lula
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      247 - Na festa de 70 anos do economista Pedro Malan, realizada na Casa das Garças, no Rio de Janeiro, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso recorreu a Sigmund Freud, pai da psicanálise, para definir a relação entre PT e PSDB. Segundo Freud, em seu processo de afirmação, cada filho mata, metaforicamente, seu pai. E FHC se vê como o pai que plantou algumas conquistas do PT. 

      "A relação do PT comigo pessoalmente e com meu governo é de psicanálise. Tem que tirar o pai da frente, sabe. Eles sabem que quem fez a estabilização fomos nós, quem começou as políticas sociais fomos nós. Não é que eles não tenham melhorado, mas por que precisa dizer que a gente não fez nada?", indagou o ex-presidente, demonstrando certa mágoa com o evento que, na última quarta-feira, comemorou os dez anos do PT no poder.

      FHC também definiu Lula como uma espécie de "presidente-adjunto" do governo Dilma. "Ele (Lula) está tão ligado às coisas do governo que dá impressão que é um presidente adjunto. Não acho que isso seja institucionalmente bom. Pergunta lá em São Paulo se eu indiquei alguém para o governador (Geraldo Alckmin — PSDB). Se o presidente Lula quer fazer isso, não é ilegal. Só acho um pouco estranho. Projetar uma sombra (sobre Dilma) tão grande... Não precisa. Ele devia fazer o que ele me aconselhou a fazer. Eu opino de vez em quando", disse Fernando Henrique.

      FHC também afirmou que não há uma dicotomia tão grande entre PT e PSDB e classificou as frequentes comparações entre os dois partidos como uma "atitude irracional". 

      "Para o bem do Brasil é preciso que as pessoas respeitem as regras. E que entendam que não podem tratar o adversário como inimigo. Infelizmente, a tática toda a vida do PT tem sido oposta a isso: nós somos bons, vocês são maus", disse FH. Por fim, ele afirmou ainda que os petistas têm, agora, o mensalão grudado na testa. "Num aspecto eles não podem mais falar, a ética. Porque eles têm o mensalão na testa".

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