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Folclóricos e coronéis dominam estreia na TV

Na maior cidade do País, candidatos a vereador mostram histeria, como Havannir Galhardo, ou o crucifixo, a exemplo de Aguinaldo Timóteo; no meio, chefões tipo Toninho Paiva e Antônio Carlos Rodrigues; modelo Tiririca virou padrão

Folclóricos e coronéis dominam estreia na TV (Foto: Edição/247)

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247 – Começou, pelos candidatos a vereador, o horário eleitoral gratuito na televisão e rádio. Ao menos na maior cidade do País, as notícias não são boas para os eleitores. O que se viu num primeiro momento foi um desfile de candidatos do tipo folclórico, separados, aqui e ali, por velhas caras da política municipal, como os chefões Antônio Carlos Rodrigues, Toninho Paiva, Goulart e outros. Um desfile de Tiriricas com a velha guarda no meio.

De paletó amarelo, crucifixo e camisa preta, não havia mesmo como o cantor e atual vereador Aguinaldo Timóteo não se destacar. Ele assume, em privado, que adora as mordomias que a Câmara Municipal lhe proporciona, mas na tevê busca o voto solto de quem pouco ou nada têm. Com sua indumentária, autenticamente brilhou na breguice.

Ficou-se sabendo, neste primeiro tempo do horário político, que o candidato Miguel Guimarães ganhou de d. Marisa o terno que o ex-presidente Lula usou em uma de suas duas posses no cargo – só faltou dizer se foi na eleição ou na reeleição. Que o empresário Ricardo Young continua a tentar carreira na política, agora enlaçado com Soninha Francini – ela, por sinal, usou bem o horário dos vereadores, aparecendo ao lado dos postulantes do PPS. Ponto. Só poderia ter escolhido uma 'roupitcha' mais bacaninha, bem passada.

Pelos tucanos, Andrea Matarazzo, o queridinho de José Serra, foi o único a citar o nome do prefeito Gilberto Kassab. O PSDB teme que a rejeição do prefeito piore o que já está difícil: superar a rejeição do próprio Serra.

No PT, diversamente, todos os postulantes destacaram seu amor irreversível pelo ex-presidente Lula e, por extensão, à presidente Dilma Rousseff. O partido da estrela joga todas as suas fichas no poder de transferência de prestígio de seus maiores ícones para a arraia miúda.

Bruno, aquele do KLB – ah!, sim, a bandinha... – perguntou quantas mães ainda terão de chorar, prometendo atuar contra a disseminação ainda maior das drogas na sociedade. O Coronel Telhada, pelo DEM, anunciou uma "nova Rota para São Paulo", produzindo não uma solução, mas um trocadilho gasto. Histérica foi Havannir. Nadia Bacchi esqueceu de dizer que é mãe da starlet Karina Bacchi, e com a imagem da filha passa a ter chances. Outro que deixou de lembrar uma ligação importante foi Marcelo Frissoni, marido da global Ana Maria Braga. Quito Formiga se disse "o único candidato do espiritismo". E por falar em nomes, digamos, diferenciados, apareceu um candidato chamado Jonas Camisa Nova.

Seria divertido, não fosse triste.

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