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Força na reta final

Ainda que seja grande a torcida por uma derrota do PT nas eleições municipais no próximo dia 7 de outubro, temos motivos para acreditar que iremos repetir as boas performances das últimas três eleições, em que o partido foi o mais votado no país

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Ainda que seja grande a torcida por uma derrota do Partido dos Trabalhadores nas eleições municipais no próximo dia 7 de outubro, temos motivos para acreditar que iremos repetir as boas performances das últimas três eleições, em que o partido foi o mais votado no país. Afinal, as mais recentes pesquisas divulgadas nesta semana, tanto pelo Ibope quanto pelo Datafolha, mostram possibilidade de virada em favor dos candidatos petistas em três capitais brasileiras: São Paulo, Salvador e Fortaleza.

Na capital paulista, segundo o Ibope, Fernando Haddad subiu três pontos e tem 18% das intenções de voto, superando pela primeira vez o concorrente tucano, José Serra, na corrida pela vaga para o segundo turno. Ainda que dentro da margem de erro e em empate técnico, a ultrapassagem de Haddad já era esperada, uma vez ele segue trajetória ascendente, enquanto Serra, que caiu mais dois pontos e agora está com 17%, registra seguidas quedas em todas as pesquisas. Além disso, o tucano atinge níveis inacreditáveis de rejeição: nesta semana, bateu 40%, segundo o mesmo lbope. O candidato Celso Russomanno (PRB) oscilou um ponto para baixo em relação ao último levantamento e está com 34% das intenções de voto.

Já o Datafolha mostrou queda de Russomanno em cinco pontos percentuais, portanto fora da margem de erro, pela primeira vez na campanha. O candidato do PRB, com 30% nesta pesquisa, lidera à frente de Serra, com 22%, e de Haddad, que apresentou crescimento de três pontos em relação ao levantamento anterior do Datafolha, e aparece com 18%.

A liderança de Russomanno, provavelmente ancorada no voto do paulistano de perfil mais conservador, é algo que Haddad, se confirmada sua ida ao segundo turno, terá de enfrentar com ideias e propostas concretas, as quais já vem apresentando largamente. Russomanno, ao contrário, admite não ter um plano de governo e segue com seu esboço do que imagina que seja administrar a maior cidade do país. Cabe aos eleitores se perguntarem se o melhor para a cidade é eleger um candidato sem programa e que riscos isso implica.

Em Fortaleza, o candidato do PT, Elmano de Freitas, apoiado pela atual prefeita Luizianne Lins, aparece como grande destaque, liderando com 24% das intenções de voto a quarta pesquisa encomendada ao Datafolha pelo jornal "O Povo". O petista subiu oito pontos percentuais em relação ao último levantamento, no qual aparecia em terceiro lugar, com 16%. O candidato do PSB do governador Cid Gomes, Roberto Cláudio, passou de 17% para 19%, enquanto o concorrente do DEM, ex-deputado Moroni Torgan, continua em queda livre: caiu quatro pontos e agora tem 18%.

O Datafolha fez ainda um levantamento apenas com os votos válidos, excluindo brancos, nulos e eleitores indecisos, no qual Elmano aparece com 27%, Roberto Cláudio com 22% e Moroni 21%. Portanto, não há empate técnico entre o candidato do PT, que certamente chegará à frente no segundo turno, e o do DEM.

Em Salvador, o candidato do PT, deputado Nelson Pellegrino, já lidera a sucessão, de acordo com a última rodada da pesquisa feita pelo Ibope. Pellegrino, que vem crescendo em todas as pesquisas, registrou 34% e ultrapassou ACM Neto (DEM), representante das velhas elites baianas, que liderava a intenção de voto desde o início da campanha, e agora aparece com 31%. Pellegrino subiu sete pontos, enquanto ACM Neto caiu oito.

Em Belo Horizonte, o ex-ministro Patrus Ananias (PT) diminuiu a distância em relação ao atual prefeito Marcio Lacerda (PSB). Patrus subiu de 31% para 32% das intenções de voto e Lacerda, que caiu quatro pontos, agora está com 45%. Ainda podemos pensar em segundo turno na capital mineira, para que Patrus tenha mais tempo de confrontar suas propostas e seu histórico de gestões bem sucedidas com a gestão de Lacerda.

Ainda temos dez dias de campanha e muito trabalho pela frente não só nas capitais, mas também nos municípios de todo o Brasil onde o PT tem candidatura própria ou apoia candidatos aliados. Vamos nos fortalecer ainda mais, crescer em voto, em número de prefeituras e de vereadores nas capitais e consolidar a coalizão de governo. Vamos continuar apresentando, comparando e debatendo o projeto de desenvolvimento econômico com inclusão social que temos —não só na esfera federal, mas também na local, uma vez que as prefeituras sempre foram berço dos programas das administrações petistas, que hoje estão transformando o país.

Já a oposição, que não se mostra capaz de apresentar um projeto alternativo, nem mesmo para as cidades e Estados onde já governa, deverá continuar amargando derrotas. Se confirmado o revés de seu candidato, José Serra, em São Paulo, o PSDB se isolará numa única capital no Sul-Sudeste, Vitória (ES). Em Curitiba, ao que tudo indica, o prefeito e candidato à reeleição Luciano Ducci (PSB), apoiado pelo governador tucano Beto Richa, deve amargar uma incômoda derrota.

O DEM que, desde a refundação do PSD pelo prefeito paulistano Gilberto Kassab, luta para sobreviver aliado a um PSDB dividido e em decadência de programa e líderes, também não deve apresentar renovações —nem em termos de eleitores, nem de quadros e muito menos de ideias.

Em suma, o quadro de dificuldades desenhado pela mídia e oposição para o PT parece não se confirmar, pelo contrário: a julgar pelas pesquisas, o PT seguirá crescendo nas urnas. Há muito trabalho pela frente nas eleições até o resultado, mas a combinação de boas propostas, administrações populares, gestões exitosas, candidatos preparados e a força da militância na reta final parece ser uma receita própria do PT.

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