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Francischini, da CPI, se diz ameaçado de morte

Citado num grampo como aliado do espio Dad e do bicheiro Carlos Cachoeira, o delegado e deputado Fernando Francischini (PSDB/PR) diz que s se aproximar dos dois se for para algem-los; numa entrevista coletiva, ele reitera que foi grampeado pelo governo do Distrito Federal, mas no apresenta provas

Francischini, da CPI, se diz ameaçado de morte (Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)
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247 – Nesta manhã, o 247 publicou mais um furo de reportagem relacionado à Operação Monte Carlo: o de que, num grampo telefônico entre o espião Dadá e o bicheiro Carlos Cachoeira, o deputado Fernando Francischini (PSDB/PR), integrante da CPI, era citado como um aliado da quadrilha. Mais: como alguém que estaria disposto a “f...” o governador Agnelo Queiroz, do PT, e até a transferir seu título de eleitor para o Distrito Federal, onde concorreria ao GDF.

Francischini falou ao 247, onde disse não temer qualquer tipo de pressão. “Não tenho medo de ninguém”, disse ele. “Já prendi os traficantes Juan Carlos Abadia e Beira-Mar”. Mais tarde, o deputado anunciou uma entrevista coletiva pela Twitter e prometeu apresentar provas de que teria sido grampeado pelo governo do Distrito Federal.

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Na coletiva, ele reiterou a acusação contra Agnelo Queiroz, mas não apresentou provas. Apenas disse que vem sendo ameaçado de morte pelo Twitter. "Isso constrangeu a minha família, mas não me constrangeu. Estou acostumado a mexer com grandes traficantes. Não são políticos borra-botas e de colarinho branco que vão me constranger", afirmou o deputado. Ele disse que está sendo vítima de perseguição por ser protagonista de uma série de fiscalizações. "É óbvio que o algoz sempre tenta desqualificar o acusador", justificou.

Leia, abaixo, a reportagem publicada mais cedo pelo 247 sobre o caso:

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“Vítimas” de arapongas eram os espiões do DF

247 – Não faltará assunto para a CPI da Arapongagem, instalada no Distrito Federal, para investigar um suposto Watergate que teria sido montado no Palácio do Buriti, por aliados do governador Agnelo Queiroz, para investigar políticos, empresários e jornalistas.

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Na noite deste domingo, reportagem do 247 revelou que um dos supostos alvos da arapongagem, o vice-governador do Distrito Federal, o peemedebista Tadeu Filipelli, tramava contra o governador. E, segundo o inquérito, remunerava jornalistas, como Mino Pedrosa e Edson Sombra, para provocar o impeachment de Agnelo Queiroz. A mesada de Mino, segundo uma conversa gravada do sargento Idalberto Matias, o Dadá, seria de R$ 100 mil.

Agora, surgem fatos novos, ainda mais estarrecedores, que envolvem outra autointitulada vítima da arapongagem: o deputado Fernando Francischini (PSDB/PR). Em 16 de abril deste ano, quando Veja publicou a reportagem “Espiões vermelhos”, sobre o suposto núcleo de arapongagem no DF, Francischini anunciou que pediria a prisão do governador Agnelo Queiroz.

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O que o inquérito revela, no entanto, é bem mais grave. Francischini, que é membro da CPI do Cachoeira, mantinha íntimo relacionamento com os espiões da quadrilha de Carlos Cachoeira – a mesma que, associada à construtora Delta, pretendia se infiltrar no Distrito Federal.

No anexo 7 do inquérito (leia mais aqui), há várias menções ao nome de Francischini – e todas elas, anteriores à publicação da reportagem de Veja sobre os “espiões vermelhos”.

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No dia 31 de janeiro, Dadá faz referência a uma mensagem enviada por Francischini. Dadá se refere ainda a um contrato na Polícia Civil do Distrito Federal e a um encontro com o parlamentar tucano.

No dia 4 de fevereiro, Dadá telefona para o bicheiro Carlos Cachoeira e revela que vem sendo ajudado por Francischini. Diz até que o parlamentar tucano estaria trazendo seu título de eleitor do Paraná para o Distrito Federal, onde tentaria ser candidato a governador.

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- Quem me falou foi um cara que tá ajudando a gente... é, montando um escritório aí, com aquele delegado Francischini, bancando pra fuder o governador... e o Francischini tá trazendo – é deputado federal que é delegado – tá trazendo o título dele para ser candidato a governador.

No dia 16 de abril, Veja publicou a reportagem sobre os espiões vermelhos. No dia 17, Francischini representou à procuradoria-geral da República, solicitando a prisão de Agnelo Queiroz alegando que o governador teria promovido uma devassa em sua vida. Só não contou que, três meses antes, reunia-se com o araponga Dadá, que espionava o Buriti.

 

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