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Freire: “Governo Dilma envelheceu cedo demais”

Ao 247, o presidente nacional do PPS, deputado Roberto Freire, diz que nunca uma gesto teve tantos ministros transformados em rus

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Rodolfo Borges_247 – Em seus seis mandatos como parlamentar, o deputado federal e ex-candidato à Presidência Roberto Freire nunca viu um início de governo tão tumultuado. “O governo Lula, que teve muitas denúncias de corrupção, demorou mais de um ano para enfrentar a primeira crise, com o caso Valdomiro. O governo Dilma envelheceu prematuramente”, disse o presidente nacional do PPS em entrevista concedida ao Brasil 247. “O governo Dilma é talvez aquele que mais tenha tido ministros denunciados e transformados em réus. Envelheceu cedo demais porque é a continuação do governo Lula”, completou.

O deputado considera que Dilma enfrenta mais dificuldades por conta de sua “incapacidade de liderança, inclusive dentro do próprio partido”. Mas não só por isso. Freire lembra que, diferente do que ocorreu com Lula, a presidente também precisa lidar com os reflexos da crise econômica mundial no Brasil, o que tem lhe levado a tomar medidas impopulares como o veto ao aumento dos aposentados. “Agora são os caras enrugadas que vão para as ruas”, brinca o deputado. Tudo isso com uma base de apoio maior, mas menos concisa.

“A dificuldade é saber quando o governo Dilma começa. Ela não tem agenda própria desde o caso Palocci”, analisa o deputado, que em vez de lamentar a paralisia do governo, opta pela crítica. “O Brasil fica um pouco melhor sem esse volume legislativo. O país não se ressente de nada, porque o governo já não queria votar as questões importantes, como a Emenda 29 (que eleva os gastos obrigatórios com a saúde), e seria um país melhor se não tivesse votado medidas provisórias como a que instituiu o Regime Diferenciado de Licitações”, alfineta.

Em reação às denúncias de corrupção que se amontoam no governo, o PPS de Freire coleta assinaturas para instalar a CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), mas a oposição também trabalha, em outra frente, para abrir a CPI da Corrupção. Questionado sobre a efetividade de tentar instalar mais de uma comissão, Freire é prático: “Há deputados do PR, por exemplo, que não admitem a CPI da Corrupção, mas já assinaram a CPI do PAC”.

O presidente do PPS aposta no incômodo da base aliada para emplacar uma das duas comissões. “Esse apoio que os senadores aliados estão dando ao combate á corrupção é a pior coisa que possa ocorrer no governo. Agora eles estão sujeitos à pressão da sociedade e vão ter de assinar as CPIs”, avalia Freire, referindo-se ao movimento liderado pelo senador Pedro Simon (PMDB-RS), apesar de não acreditar que a presidente Dilma esteja de fasto fazendo uma faxina. “Se fizer faxina, ela vai limpar a sujeira de Lula. E nessa sujeira ela também teve participação (como ministra-chefe da Casa Civil)”.

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