Gilmar diz que teria absolvido Dilma se ela ainda fosse presidente
Presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) e autor do voto que decisivo pela absolvição de Michel Temer no julgamento que poderia cassá-lo na semana passada, o ministro do STF Gilmar Mendes saiu em defesa da corte; Mendes disse que a decisão do TSE contrariou grupos de mídia ao manter Temer no Planalto e afirmou que o papel dos juízes é "muitas vezes decidir de forma contramajoritária e desagradar tanto a chamada 'vox populi' quanto a voz da mídia"; Gilmar defendeu a sentença do tribunal e disse que teria agido da mesma forma se Dilma Roussef ainda fosse presidente; "Eu absolveria a Dilma. Como a absolvi, pois se ação fosse julgada procedente, ela ficaria inelegível por oito anos", disse
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247 - O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) e presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Gilmar Mendes, saiu em defesa da decisão do TSE de não cassar Michel Temer na semana passada.
Em entrevista à jornalista Mônica Bergamo, da Folha de S.Paulo, Mendes afirmou que o papel dos juízes é "muitas vezes decidir de forma contramajoritária e desagradar tanto a chamada 'vox populi' quanto a voz da mídia".
Caso contrário, diz, seria melhor acabar com a Justiça "e criar um sistema 'Big Brother'" para ouvir o povo e a imprensa.
Mendes disse ainda que, se Dilma Rousseff ainda fosse presidente, teria votado da mesma maneira.
"Da mesma forma. Eu absolveria a Dilma. Como a absolvi, pois se ação fosse julgada procedente, ela ficaria inelegível por oito anos. Recentemente eu fui voto minerva na 2ª Turma [do Supremo Tribunal Federal] decidindo um habeas corpus em favor de José Dirceu [para que ele fosse libertado]. E também sofri críticas imensas, de todos os lados. Podem me imputar vários problemas, mas não vão me imputar simpatia por José Dirceu, não é?".
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