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Gleisi reafirma que PT fará combate radical ao bolsonarismo

"No PT ñ há dilema entre pacificar ou radicalizar c/ Bolsonaro. O caminho da paz está no combate a este governo q aposta na desigualdade. Aí somos radicais. O povo está junto. A popularidade de Lula subiu de 48% p/ 55% entre abril e dezembro e o sentimento pró PT foi de 28% p/ 39%", postou a deputada Gleisi Hoffmann (PT-PR)

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247 – No dia em que o goverandor da Bahia, Rui Costa, afirmou que o ex-presidente Lula deve adotar uma postura menos radical e voltar a ser o "conciliador nacional", a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, reafirmou que o partido adotorá um combate radical às políticas bolsonaristas. Confira seu tweet e também análise do jornalista Fernando Brito, compartilhada por ela.

Por Fernando Brito, no Tijolaço – Lida com calma, a entrevista do governador baiano Rui Costa, do PT, não contém nenhuma contestação a Lula, apesar da manchete da Folha que induz ao contrário.

É sempre a mesma história de apontar Lula como o “radical”, como se sua trajetória, por duas décadas ao menos, não tenha sido a de um conciliador político.

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Coisa que, aliás, o próprio Costa afirma:

—Acho natural que quem ficou preso um ano injustamente faça declarações duras. Mas o Lula governou o país durante oito anos como um conciliador. Essa concertação, com empresários, trabalhadores, sociedade, fez com que o governo dele fosse de maior desenvolvimento nos últimos séculos.

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A manchete diz que Lula “deve pregar” uma “pacificação” numa crítica à radicalização que seria do próprio ex-presidente. Mas leia o que ele diz:

—Temos de pregar a pacificação do país, cortar a discriminação e o ódio. Antes, as pessoas tinham vergonha de manifestar preconceito. Agora parece que têm orgulho. Certamente essas pessoas existiam, mas ficavam no armário. Precisamos que elas voltem para seus armários.

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Alguém discorda de que discriminação, ódio e preconceito seja armas da direita, desembainhadas todo o tempo por este governo?

Claro que Costa adota um tom moderado, que traduz a soma de seu orientação pessoal com o lugar delicado que ocupa, como governador de um Estado num país onde o poder central está disposto a tratar com água e farinha – e poucas – governantes de esquerda. E há uma pitada, sempre presente, de um político até agora regional em projetar-se num veículo de comunicação “nacional”, entendido isso como basicamente paulista.

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Curioso procurar intrigas com fatos com frases “há dez anos, o sr. seria chamado de entreguista por conceder a um grupo chinês a ponte que ligará Salvador a Itaparica”. Será que sobrou, depois da Lava Jato, empreiteira em condições de bancar este investimento, para receber daqui a anos, em pedágio? E, ainda que tivessem, a Folha não colocaria em manchete “Governador do PT concede ponte a empresa envolvida na Lava Jato?

E quando os governos petistas se opuseram a desenvolver projetos em parceria com grupos privados, daqui ou de fora?

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É claro que depois de 40 anos de vida política a chance de Lula ser atraído para uma disputa interna em seu partido por uma história destas é absolutamente zero.

Isso é para os espiroquetas da pureza absoluta que se deixam levar por um título de jornal. Tanto como seria tolo que, a esta altura, vaidades e ambições não estariam excitadas em pretenderem-se ser “o PT autocrítico”, da mesma forma como há direita que sonha em ser o “mas eu não sou Bolsonaro”.

Por algumas linhas no jornal, vão se apressar em responder ao que não foi dito, senão na manchete. É assim mesmo e líder de verdade tem couro duro, não fica dando patadas feito Bolsonaro.

O que define polarizações não é a escolha pesoal de Lula, é a realidade do processo político-social.

E com o que temos hoje, não há como propor-se a ter os pés em dois barcos, porque o mar está por demais agitado.

Isso não é “ser teimoso” ou “radical”. É reconhecer que quer quer a pacificação do Brasil terá de preparar-se para uma batalha política na qual, até agora, não há outro que reúna tanta capacidade de comandá-la quanto o ex-presidente.

Rui Costa reconhece isso na entrevista e sabe que suas chances eventuais de ser o candidato do PT dependem de uma ignomínia: excluir, de novo, Lula da disputa eleitoral.

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