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Golpe duro no PSDB: Fruet sai e pode se aliar ao PT

Referncia tucana e candidato mais competitivo prefeitura de Curitiba, ele acaba de deixar o partido, num movimento que mexe no xadrez da poltica nacional

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Leonardo Attuch_247 – Em crise, o PSDB já vem há muito tempo. A malfadada candidatura de José Serra empurrou o partido à direita, depois disso FHC falou em esquecer o “povão” e, mais recentemente, muitos tucanos históricos começaram a debandar para o PSD de Gilberto Kassab. O golpe mais duro no partido, no entanto, foi desferido hoje, em Curitiba. Referência ética do PSDB e duas vezes o parlamentar mais votado do Paraná, Gustavo Fruet anunciou nesta tarde seu desligamento. “Toda a minha história no partido não valeu de nada”, disse ele ao 247. “Partidos viraram cartórios”.

Fruet se tornou nacionalmente conhecido na CPI dos Correios, a do Mensalão, quando foi o mais combativo dos parlamentares. Do seu trabalho, nasceu o relatório que hoje embasa o processo no STF contra os 37 réus do esquema. Em 2010, ele concorreu ao Senado e não se elegeu – perdeu para Gleisi Hoffmann, do PT, e o ex-governador Roberto Requião, do PMDB, por uma margem muito estreita. Hoje, ele é o candidato que desponta como favorito em todas as pesquisas para a prefeitura de Curitiba, com 34% das intenções de voto. Apesar disso, Fruet vem sendo sabotado pelo atual governador, Beto Richa, que recentemente nomeou seu irmão José “Pepe” Richa e sua esposa Fernanda Richa para as duas secretarias mais importantes do governo paranaense. Como Fruet lhe faz sombra, Beto quer apoiar o atual prefeito de Curitiba, Luciano Ducci, à reeleição.

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E é exatamente por isso que a saída de Gustavo Fruet mexe no xadrez da política nacional. Desde que Gleisi Hoffmann se tornou ministra da Casa Civil, surgiu uma polarização natural entre ela, candidata ao Palácio do Iguaçu em 2014, e o governador Beto Richa. E é possível até que o casal mais poderoso da República – formado pelos ministros Paulo Bernardo e Gleisi Hoffmann – venha a apoiar a candidatura de Gustavo Fruet, ao menos no segundo turno. Para isso, evidentemente, ela terá que ocorrer no bloco governista. E o mais provável é que Gustavo Fruet ingresse no PDT, que, no Paraná, é comandado pelo ex-senador Osmar Dias, hoje diretor do Banco do Brasil. O fato é que, sem rumo e sem discurso, o PSDB continua a emagrecer. E acaba de perder um de seus melhores quadros.

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