Governo exonera Centrão de cargos no segundo escalão após rejeição de MP
Decisão surge após derrubada da MP 1.303/25, que garantiria mais recursos ao governo federal ao taxar os mais ricos
247 - O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva cumpriu sua promessa e "meteu a faca", conforme avisou mais cedo o líder no Congresso, José Guimarães (PT-CE). Uma série de indicações do Centrão a cargos de segundo escalão do Executivo foi exonerada, informou o site Correio Braziliense nesta segunda-feira (13).
A decisão vem após o Centrão na Câmara e a extrema direita sabotarem, na última semana, a votação de uma medida provisória (MP) tributária do governo do presidente Lula, em meio às discussões sobre o equilíbrio das contas públicas com a aprovação da ampliação da faixa de isenção do Imposto de Renda (IR), pela própria Câmara e de forma unânime. Uma das figuras centrais na derrubada da MP, que, na realidade foi retirada de pauta, foi o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos).
De acordo com a reportagem, os cortes atingem o PP, presidido pelo senador Ciro Nogueira (PI), o PSD, liderado por Gilberto Kassab, além de nomes do União Brasil e do MDB.
As demissões, de acordo com o portal G1, já alcançaram até agora:
- Caixa Econômica Federal;
- Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf);
- Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan);
- Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit);
- Superintendências no Ministério da Agricultura.
Uma série de deputados da bancada governista defenderam a expulsão de membros do Centrão do governo após a MP caducar. Enquanto isso, a equipe econômica do governo Lula avalia quais medidas irá tomar para compensar a renúncia fiscal gerada pela isenção do IR para quem ganha até 5 mil reais por mês e pela derrubada de uma MP anterior, que aumentaria o Imposto Sobre Operações Financeiras (IOF).
Contudo, os bolsonaristas seguem firmes em seus esforços para barrar qualquer iniciativa arrecadatória do governo Lula, afirmando serem contra o aumento de impostos, inclusive para os super-ricos.



