Governo fez seu papel sobre reforma política, diz Mercadante
Segundo o ministro da Educação, a dificuldade dos parlamentares em trabalhar com mudanças de regras é um dos fatores que contribuiu para que a reforma política não tenha acontecido até hoje, depois de anos em discussão no Congresso; ele afirma que o governo contribuiu pautando o tema no Congresso, chamando diversos segmentos para discuti-lo e defendendo o plebiscito para promovê-la
Danilo Macedo
Repórter da Agência Brasil
Brasília – O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, disse nesta quarta-feira (17) que o governo já fez seu papel sobre o tema da reforma política, contribuindo para pautá-la no Congresso, chamando diversos segmentos para discuti-la e defendendo o plebiscito como a melhor alternativa para promovê-la. Segundo ele, a dificuldade dos parlamentares em trabalhar com mudanças de regras é um dos fatores que contribuiu para que a reforma não tenha acontecido até hoje, depois de anos em discussão na Casa.
"Desde que eu cheguei na Câmara, em 1990, nunca conseguimos fazer a reforma política profunda por várias razões, entre outras porque os parlamentares que lá estão têm dificuldade de trabalhar com mudanças de regras, principalmente num momento como esse em que o tempo é muito exíguo", disse o ministro, principal porta-voz do governo em relação à proposta de plebiscito.
Mercadante ressaltou que a proposta de reforma política não é nova e já foi proposta em outros governos, sem sucesso. "O governo Fernando Henrique Cardoso defendia em 1998 uma constituinte exclusiva para a reforma política. O governo Lula encaminhou duas propostas para o Congresso Nacional que também não foi possível avançar."
Ele disse, mais uma vez, que a melhor maneira de promover a reforma é deixando a população decidir sobre questões fundamentais. O governo já propôs cinco perguntas a serem feitas, caso o plebiscito aconteça. "Agora, quem decide sobre isso é o plenário da Câmara e do Senado: se querem o plebiscito, que o povo quer, e se deverá ser feito e como", disse o ministro, lembrando que duas pesquisas feitas recentemente mostram que cerca de 70% da população apóia a proposta do plebiscito.
Edição: Denise Griesinger
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