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      Gullar repete 1964 e propõe golpe democrático

      Poeta maranhense publica coluna em que sugere que as eleições presidenciais ainda não acabaram; "O descontentamento que se manifestou em junho do ano passado parece ter ganho, agora, definição e objetivo, e mais que isso, uma liderança", diz ele; referindo-se ao senador Aécio Neves; para Gullar o desafio é cooptar forças políticas ainda aliadas ao PT no Congresso Nacional; " a mudança que se faz necessária tem que contar com o apoio não apenas da opinião pública – que é decisiva – mas de forças políticas consideráveis, que ainda estão ligadas ao governo. De qualquer modo, não se trata de buscar soluções antidemocráticas mas, sim, ao que tudo indica, mudar para preservar a democracia"; argumento é semelhante ao de 1964

      Gullar repete 1964 e propõe golpe democrático
      Aline Lima avatar
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      247 - O poeta maranhense Ferreira Gullar recorreu aos argumentos usados pela direita brasileira em 1964 para propor, de forma velada, a derrubada da presidente Dilma Rousseff. Naquele tempo, dizia-se ser necessário derrubar João Goulart para "salvar a democracia".

      Gullar agora propõe a derrubada da presidente Dilma, reeleita há menos de um mês, e ascensão do senador Aécio Neves (PSDB-MG) ao poder também como uma forma de salvar o regime democrático.

      Leia trechos abaixo:

      Começou a mudar?

      Não posso adivinhar qual será o desfecho desta história que começou com a morte surpreendente de Eduardo Campos, desdobrou-se na ascensão de Marina Silva, depois com o crescimento da candidatura de Aécio Neves e concluiu com a vitória de Dilma Rousseff sobre ele, pela diferença de apenas 3 milhões de votos.

      Será que esse é o final do processo ou, na realidade, o começo de uma nova etapa da história política brasileira? (....) Ao que tudo indica, se a campanha eleitoral terminou, a luta pela mudança radical da situação nacional continua. O descontentamento que se manifestou em junho do ano passado parece ter ganho, agora, definição e objetivo, e mais que isso, uma liderança.

      De fato, o que ocorreu em junho de 2013 foi a expressão espontânea de parte da classe média contra o lamentável quadro político do país. Os sucessivos escândalos e a sombra da impunidade sempre presente resultaram nas manifestações de protesto que, sem liderança definida, não teriam maiores consequências.

      Não obstante, assustou a classe política e, particularmente, os petistas, o que levou Dilma, extemporaneamente, a propor um plebiscito para uma nova Constituinte.

      Um ano se passou, e chegaram as eleições. A campanha eleitoral contribuiu para que aquele descontentamento se definisse e ganhasse rumo: tirar o lulapetismo do poder já seria um passo adiante no rumo das mudanças que se fazem necessárias. Nessa conjuntura, o papel desempenhado por Aécio Neves, como candidato da oposição ao governo petista, fez dele o intérprete desse descontentamento e, possivelmente, o líder da luta pela mudança.

      Claro que a mudança que se faz necessária tem que contar com o apoio não apenas da opinião pública – que é decisiva – mas de forças políticas consideráveis, que ainda estão ligadas ao governo. De qualquer modo, não se trata de buscar soluções antidemocráticas mas, sim, ao que tudo indica, mudar para preservar a democracia.

      Gullar sugere, de forma velada, que o PSDB trabalhe para cooptar forças políticas ainda aliadas ao PT e trabalhe pelo golpe parlamentar – assim como se fez recentemente no Paraguai.

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