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Gurgel na geladeira

Oposio manobra para adiar posse do procurador-geral da Repblica, em resposta deciso sobre o caso Palocci

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Fernando Porfírio_247 - O procurador-geral da República, Roberto Gurgel está uma arara com as duas semanas de purgatório que terá de amargar. Ele não gostou nem um pouco da manobra da oposição no Senado que adiou para agosto sua sabatina. É que o mandato de Gurgel acaba na semana que vem e ele deverá ser substituído, temporariamente, pelo vice-presidente do Conselho Superior do Ministério Público Federal, Eugênio Aragão. Ou seja, Roberto Gurgel ficará uma temporadinha fora do cargo.

A sabatina do procurador-geral da República deveria ser feita esta semana pelo Senado, mas uma articulação dos partidos de oposição adiou o exame oral de Gurgel para a primeira semana de agosto. A iniciativa partiu do senador Demóstenes Torres, também um procurador de justiça, mas do Ministério Público de Goiás.

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Demóstenes usou de astúcia para mandar um recado ao procurador-geral. Apresentou um pedido de vista que, segundo o regimento do Senado, adia a sabatina por uma semana. Como o Senado entra em recesso parlamentar a partir do dia 17 e só volta no dia 2 de agosto, Gurgel terá que aguardar até o próximo mês para ser avaliado e ter sua indicação de recondução ao cargo votada na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e no plenário.

A manobra dos partidos de oposição é uma resposta a Gurgel pela sua manifestação para arquivar o pedido de investigação contra o ex-ministro da Casa Civil Antonio Palocci e também uma sinalização a respeito do que se espera do procurador-geral da República no caso das denúncias no Ministério dos Transportes. O senador Demóstenes Torres nega qualquer retaliação.

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O senador, no entanto, não conseguiu conter sua insatisfação e não poupou críticas a Gurgel. “Eu já disse e repito que no caso Palocci ele não agiu como homem de Estado e sim como homem de governo”.

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