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Haddad-Chalita atacam Serra-Russomano

Eleições municipais em São Paulo já têm duas duplas; em março, Fernando Haddad (PT) e Gabriel Chalita (PMDB) fizeram pacto de não agressão para o primeiro turno; agora, criticam aliança entre tucano e republicano; "lamentável", disse o peemedebista; quer dizer que antes podia?

Haddad-Chalita atacam Serra-Russomano (Foto: Edição/247)
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247 – As eleição municipais em São Paulo já têm duplas formadas. Nesta quarta-feira, os candidatos Fernando Haddad (PT) e Gabriel Chalita (PMDB) criticaram o pacto de não agressão criado entre Celso Russomano (PRB) e José Serra (PSDB) na semana passada. O petista e o peemedebista, no entanto, ignoraram o fato de que eles próprios, que têm os partidos aliados no plano nacional, já selaram essa mesma aliança para o primeiro turno da disputa, num encontro articulado em março por Lurian Cordeiro Lula da Silva, assessora de Chalita e filha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no apartamento do então deputado federal e ainda pré-candidato.

Em caminhada pelo Butantã, na zona oeste da capital, Haddad criticou o encontro entre José Serra e o coordenador da campanha de Russomano e presidente nacional do PRB, Marcos Pereira, questionando o atual direcionamento do plano municipal do candidato republicano. "Imaginava que a candidatura [de Russomanno] proporia uma mudança, e não a continuidade. Hoje a Prefeitura de São Paulo não é exemplo para nenhuma outra do País", disse o ex-ministro.

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Para Chalita, a reunião entre os adversários de PSDB e PRB "foi ruim" para a política e a formação de candidaturas auxiliares são "lamentáveis". "O Kassab está prestando um desserviço para a política. Se de fato o Russomanno está se prestando a isso (um pacto de ajuda mútua com Serra), acho lamentável. O Kassab deveria estar reunido com o governador Alckmin e com a presidenta Dilma, preocupado com o problema da violência, e não com o Marcos Pereira e com o Serra para discutir uma eventual aliança ou uma ajuda de um pro outro. Isso é ruim para a política", afirmou.

Após o encontro de seu coordenador com o tucano, Russomano já teve dois tipos de reações. Em uma entrevista concedida ao jornal O Estado de S.Paulo, o candidato fez críticas a Haddad e elogios a Serra, tom previsível após uma aliança. Já ontem, durante visita aos vendedores ambulantes na região central de São Paulo, o republicano criticou duramente a gestão de Kassab, chamando-a por mais de uma vez de "criminosa", e o próprio prefeito, articulador da aproximação entre tucanos e republicanos, de "paraquedista de araque". Russomano garantiu não ter nada a ver com Kassab, lembrando que veio "sozinho até agora". O interesse de Serra pela aproximação se deve à boa posição do republicano nas pesquisas, hoje com 26% de intenções de voto no Datafolha, empate técnico com o tucano, na liderança com 30%.

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Na ocasição da aliança com Chalita, em março, Haddad disse que é amigo "há muito tempo" do peemedebista e que no encontro, os dois reiteraram a disposição de "qualificar o debate". Segundo o petista, poderia haver divergências políticas entre os dois, mas que sempre seriam na "base do respeito, da troca de ideia". "Foi uma reunião na qual os dois colocaram a precaução de manter a seriedade na corrida municipal. Um desgaste na campanha é ruim para a boa relação entre PT e PMDB, tanto na esfera municipal como na federal", observou Chalita. Em meio às duas alianças, quem reclama de falta de espaço é a candidata do PPS, Soninha Francine, com apenas 7% nas pesquisas. O teste de fidelidade das duplas já tem data marcada: será em 2 de agosto, dia de debate político na Band.

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