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    Haddad nunca precisou tanto de Marta como agora

    Desconhecido para 63% da populao de So Paulo, segundo o Instituto Data Folha, ministro Fernando Haddad vira o ano na rabeira entre os provveis candidatos; para crescer, no poder contar com Lula, seu principal cabo eleitoral, em aes de corpo a corpo; s lhe resta esperar a popular senadora apresentar-lhe o caminho dos votos

    Haddad nunca precisou tanto de Marta como agora (Foto: DIVULGAÇÃO)

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    247 – O ministro Fernando Haddad, da Educação, está com a sua sorte na eleição para prefeito de São Paulo, no próximo ano, depositada nas mãos da senadora Marta Suplicy. Seu desempenho nas urnas vai depender, diretamente, do empenho dela em mostrar-lhe os atalhos para o voto na maior cidade do País. Esse é um dos aspectos da disputa revelado pela pesquisa Data Folha, publicada no domingo 11, pelo jornal Folha de S. Paulo. Com um máximo de 3% de intenções de voto na pesquisa estimulada, e uma soma de 63% de índice de desconhecimento pela população, Haddad chegou à condição de candidato do PT exclusivamente pelo apoio de seu padrinho político, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Logo depois de ungir Haddad no PT, porém, Lula foi diagnosticado com câncer na garganta e, em tratamento, terá dificuldades naturais em se movimentar por seu pupilo. O Data Folha apurou que Lula é capaz de influenciar o voto de 48% dos paulistanos.

    Com o ex-presidente abalado em sua capacidade de movimentação – ele iniciou nesta segunda-feira 12 a terceira fase de sua quimioterapia --, o ministro passa a ter na ex-adversária de debates internos Marta Suplicy sua maior chance de adquirir, rapidamente, o reconhecimento popular que agora lhe falta. Mesmo tento retirado sua candidatura, sob a justificativa de ter recebido pedido neste sentido de Lula, Marta apareceu na ponta do levantamento espontâneo do Data Folha, com 8% das preferências.

    Até aqui, Marta recolheu, disciplinadamente, seu discurso de oposição a Haddad, mas também não demonstrou empolgação em carregar a candidatura do ministro. Na semana passada, entre um almoço com o ministro do Esporte, Aldo Rebelo, do PCdoB, e uma reunião com a cúpula do PT para traçar estratégias pró-Haddad, ela preferiu trocar ideias com o ministro. Ali, no entanto, fez uma profissão de fé na campanha que está sendo gestada para o ministro.

    “Ele vai sair com um programa de governo muito forte e bem elaborado, fruto da nossa experiência na Prefeitura e da opinião da militância nos bairros”, disse Marta ao 247, do qual é colunista. “Até agora, nada foi colocado para que o discurso seja apresentado de maneira organizada, de modo a ser assimilado da melhor maneira”. Para Marta, o ‘timming’ da campanha de Haddad está adequado para o momento. “O quadro ainda não está definido totalmente, ele e o partido estão certos de se concentrarem, agora, na arrumação interna da campanha para, na hora certa, saírem em campo”. Apesar de não ir a todos os encontros da candidatura, Marta reafirma que irá apoiar o ministro. “Mas tem de ser na hora certa”, ressalva.

    Abaixo, notícia da Agência Estado sobre a avaliação de Marta sobre os resultados da pesquisa Data Folha:

    A senadora Marta Suplicy (PT-SP) disse hoje que o resultado da pesquisa Datafolha sobre a eleição municipal de 2012 em São Paulo é positivo para o seu partido, mas ainda é uma fotografia do momento, distante do período eleitoral. "É uma pesquisa muito antes do processo de verdade. São pinceladas de um momento, não são nem uma fotografia", comentou ela, que participa de uma reunião da corrente Novo Brasil, a principal ala do PT.

    Marta não se surpreendeu com o índice de rejeição do ex-governador José Serra (PSDB), que segundo o Datafolha não teria o voto de 35% dos paulistanos. Ainda assim, a senadora aposta na candidatura do tucano para a Prefeitura de São Paulo, no ano que vem. "Acredito que ele ainda é o candidato (do PSDB)" disse.

    Sobre o poder de influência do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre o eleitorado paulistano, Marta acredita que os números são mais do que positivos para o PT. De acordo com a mostra, Lula influencia o voto de, pelo menos, 48% dos eleitores. "Fiquei satisfeita com o poder de influência do Lula, acho que é extremamente positivo para o PT. Agora vamos ver como isso se desenrola".

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