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Herman Benjamin foi pressionado na véspera de julgamento no TSE

Nos dias que antecederam o início do julgamento da chapa Dilma-Temer no TSE (Tribunal Superior Eleitoral), o relator da ação, ministro Herman Benjamin, foi duramente pressionado por seus colegas na Corte; embora refratário à ideia de conceder mais prazo para as defesas e, consequentemente, adiar o julgamento, Benjamin acabou cedendo; ele temia que, se batesse o pé na sessão de ontem para continuar o julgamento, poderia haver um pedido de vista logo do início por parte de algum ministro; com isso, o processo sairia de suas mãos, e o retorno do caso ao plenário ficaria a cargo de outro colega — eventualmente, alguém não tão interessado na conclusão rápida do caso

Ministro Herman Benjamin durante sess�o plen�ria do TSE. Bras�lia-DF, 17/12/2015 Foto: Roberto Jayme/ASICS/TSE (Foto: Giuliana Miranda)
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247 - Relator da ação que investiga irregularidades da chapa Dilma-Temer nas eleições de 2014, o ministro Herman Benjamin foi procurado por outros ministros, na véspera da sessão inicial do julgamento, que queriam convencê-lo a conceder mais prazo para as defesas se manifestarem e, com isso, adiar o julgamento. Benjamin, que é um juiz rigoroso com prazos e, desde o início, tem se empenhado em concluir o processo de forma célere, foi inicialmente refratário à ideia.

No entanto, Benjamin acabou ceder à pressão dos colegas.

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As informações são de reportagem de Carolina Brígido em O Globo.

"Ele temia que, se batesse o pé na sessão de ontem para continuar o julgamento, poderia haver um pedido de vista logo do início por parte de algum ministro. Com isso, o processo sairia das mãos de Benjamin, e o retorno do caso ao plenário ficaria a cargo de outro colega — eventualmente, alguém não tão interessado na conclusão rápida do caso.

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Além de ministros, os advogados do PT também procuraram Benjamin nas vésperas da sessão de ontem, para insistir no pedido de prazo extra. Para se prevenir de outros incidentes durante a sessão, o relator foi além e propôs a inclusão de outros quatro depoimentos, antes mesmo que qualquer partido fizesse o pedido em plenário. Ele tomou essa providência porque, se os partidos pedissem essa providência a ele individualmente, e houvesse negativa, os advogados poderiam contestar a decisão em plenário — adiando ainda mais a conclusão das investigações.

Mas a decisão de ontem não é garantia de celeridade. Os advogados Flávio Caetano, que defende Dilma, e Marcus Vinícius Furtado Coêlho, que representa Temer, afirmaram que, após os novos depoimentos, poderão apresentar requerimentos e pedir a produção de contraprovas. Foi o que ocorreu, por exemplo, depois que o TSE ouviu dez pessoas ligadas à Odebrecht em março. Caberá ao ministro Herman Benjamin aceitar ou não os novos pedidos. Quando terminaram os depoimentos da Odebrecht, ele negou a maioria dos pleitos."

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