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Hora de avançar

Mendonção fez uma análise inteligente, ao dizer que Dilma está à esquerda de Lula

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Ex-presidente do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) na gestão tucana de Fernando Henrique Cardoso e um dos principais artífices das privatizações, Luiz Carlos Mendonça de Barros concedeu entrevista recentemente ao jornal Folha de S.Paulo em que coloca sob nova perspectiva a avaliação do que é hoje o PSDB e do perfil das políticas econômicas atualmente conduzidas pelo Governo Dilma Rousseff.

Mendonça de Barros sentencia que “o PSDB sofre uma mudança de líderes que não têm a visão estratégia dos que ficaram para trás”, portanto, “é um partido mais medíocre”.

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Às vésperas da convenção tucana, a avaliação é o reconhecimento da ausência de alternativas programáticas vindas dos partidos de oposição, resultado da derrocada do modelo neoliberal no país que legou baixo nível de crescimento, alto índice de desemprego, elevada relação dívida/PIB e juros reais nas alturas, entre outras mazelas.

A reversão dessa “herança maldita” no Governo Lula, que desfez as armadilhas neoliberais num primeiro momento e empregou políticas desenvolvimentistas em seguida, representou a estocada final no modelo proposto pelo PSDB. Sem alternativa, o partido se apegou a uma oposição ferrenha, que culminou com a campanha presidencial de baixo nível programático levada adiante por José Serra em 2010. Ficou, assim, à deriva.

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Mas o ex-presidente do BNDES produziu também um exame inteligente sobre os rumos gerais da política econômica da presidenta Dilma. Diz ele que a “política econômica [atual] põe o Governo Dilma à esquerda” do Governo Lula, haja vista, por exemplo, a intervenção mais forte do Estado na economia.

De fato, desde que sucedeu os tucanos, o PT e Lula vêm trabalhando para trazer a aliança governista para o campo das esquerdas, em um processo às vezes mais gradual, às vezes mais acentuado, mas contínuo. E os frutos dessa condução são palpáveis: crescimento econômico com geração de empregos recorde e distribuição de renda, redução da relação dívida/PIB, índices de juros mais baixos, aumento do poder de compra do trabalhador.

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Nesse sentido, a receita tucana de reduzir o ritmo de crescimento e aumentar os juros para combater a inflação é um equívoco. Já vimos esse filme na história recente do país e não queremos vê-lo novamente. Faz sentido as preocupações com o “excesso de capital externo” no país, talvez hoje o maior problema que temos a enfrentar, mas convém manter uma avaliação permanente dos cenários internacionais, porque uma mudança de rumos lá fora terá repercussões aqui para as quais devemos nos preparar.

O que precisamos neste momento é criar as condições para baixar os juros e seguir crescendo. Afinal, quando esse movimento positivo se dá na economia, os resultados são mais empregos e renda, fortalecendo a criação de um ciclo virtuoso no país.

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Aprendemos nos últimos oito anos que uma das chaves do nosso desenvolvimento está no mercado interno. O que precisamos, portanto, é produzir mais e superar os gargalhos nas áreas de serviço, mão de obra, infraestrutura e insumos básicos, realizando as reformas que o país precisa. Há muito trabalho pela frente, sem dúvida. Mas, na contramão do que propõe o economista tucano, é hora de avançar, não de recuar.

José Dirceu, 65, é advogado, ex-ministro da Casa Civil e membro do Diretório Nacional do PT

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