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Hora de virar a página

A redução de impostos dos tablets se perdeu em meio à crise da Casa Civil

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Tinha tudo para ser uma semana gloriosa para a presidente Dilma Rousseff. Depois de vários meses de estudos, que envolveram os ministérios da Fazenda, das Comunicações, da Ciência e Tecnologia e do Desenvolvimento, o governo finalmente chegou a uma conclusão sobre uma política industrial voltada para a área de tecnologia. Coube então ao ministro Paulo Bernardo anunciar a redução substancial dos impostos – PIS e Cofins serão zerados – nos tablets produzidos no Brasil, o que irá reduzir os preços dos aparelhos em 36%. A medida provisória foi publicada nesta segunda-feira.

Reduzir impostos é sempre uma iniciativa notável. Na área de tecnologia, ainda mais. Mas essa notícia, a melhor do governo Dilma até agora, foi ofuscada pela crise instalada na Casa Civil. Dilma percebeu o impacto positivo da desoneração dos tablets antes mesmo da posse, quando encomendou ao ministro Paulo Bernardo que liderasse os trabalhos sobre o barateamento dos tablets e das conexões da banda larga, que ainda são muito ineficientes no Brasil. “Resolve esse assunto; a molecada quer ter e isso vai dar um impulso enorme à educação”, disse ela ao ministro.

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De fato, não há nada que mobilize tanto a juventude brasileira hoje como o acesso à tecnologia. Em menos de um mês, um manifesto lançado na internet, chamado Preço Justo, recolheu mais de 540 mil assinaturas pedindo aquilo que o governo acaba de entregar: redução de impostos nos tablets. Numa comparação internacional, o Brasil foi apontado como o país que vende o iPad mais caro do mundo. E o ministro Paulo Bernardo tem dito que esses aparelhos têm que custar menos de R$ 1 mil, ficando, portanto, dentro da média internacional.

A redução de impostos anunciada nesta semana que passou é vital para viabilizar a produção do iPad brasileiro, pela chinesa Foxconn, na cidade de Jundiaí, no interior de São Paulo. Mas muitas outras empresas, como Samsung, Positivo, Motorola e a chinesa ZTE, também estão se mobilizando para produzir aparelhos ainda mais sofisticados – e também mais baratos.

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No setor de tecnologia, já houve uma experiência semelhante à dos tablets, quando o governo reduziu drasticamente os impostos incidentes sobre os notebooks. O mercado cinza, informal, foi praticamente eliminado e o Brasil passou a ter uma indústria própria de tecnologia. E isso deu um impulso tremendo a vários setores da economia. Agora, quando o governo federal começava a engatar, a confusão da Casa Civil instalou uma nova crise em Brasília. É hora de virar a página e retomar a agenda positiva.

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