Ibope: aprovação do governo Dilma cai para 31%
Já apontada por pesquisas Datafolha, queda na aprovação do governo Dilma Rousseff é confirmada nesta quinta-feira por pequisa Ibope feita em parceria com a Confederação Nacional da Indústria (CNI); de acordo com o levantamento, a aprovação do governo caiu de 55% para 31% em um mês; por quê?; alta da inflação é apontada como origem da queda de popularidade, num processo que teria se intensificado com o início das manifestações que tomaram conta do País pouco antes da Copa das Confederações
247 - A queda na aprovação do governo Dilma Rousseff, já apontada por pesquisas Datafolha, foi confirmada nesta quinta-feira por pequisa Ibope em parceria com a Confederação Nacional da Indústria (CNI). De acordo com a pesquisa, a aprovação do governo caiu de 55% para 31%. Essa é a segunda queda seguida apontada pela CNI/Ibope, pois, antes de atingir 55%, a popularidade do governo estava em 63%.
Em junho, pouco mais da metade dos entrevistados consideravam o governo ótimo ou bom. Em julho, esse percentual caiu para 31%. Outro dado da pesquisa também deve preocupar a presidente: no mês passado, 13% da população consideravam o governo ruim ou péssimo. Agora, o número é de 33%.
A pesquisa aponta a alta da inflação como origem da queda de popularidade, num processo que teria se intensificado com o início das manifestações que tomaram conta do País pouco antes da Copa das Confederações. Segundo o gerente executivo de pesquisa da CNI, Renato da Fonseca, a inflação foi apenas um gatilho que gerou a queda da aprovação da presidente, mas não é vista como o problema principal.
Segundo o levantamento, a área com melhor desempenho do governo federal é a da Habitação e Moradia, enquanto a pior é a Saúde, do ministro Alexandre Padilha, cotado para disputar o governo de São Paulo pelo PT em 2014. Foram feitas 7.686 entrevistas em 434 municípios, sendo que 2 mil entrevistas foram com amostragem nacional e as demais feitas em 11 estados. A margem de erro é 2 pontos percentuais para mais ou para menos.
Pior que Lula
Assim como a avaliação do governo, a aprovação da maneira de governar de Dilma caiu, de 71% (junho) para 45% (julho), número inferior ao daqueles que desaprovam a forma de governar da presidente, que atingiu 49%. A confiança dos eleitores na presidente também caiu desde o mês passado, quando 67% deles afirmaram confiar em Dilma. O percentual foi para 45% em julho, contra 50% dos entrevistados que afirmaram não confiar na presidente.
Os entrevistados também acreditam que o governo Dilma Rousseff piorou em comparação com o seu antecessor, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em junho, 73% disseram que a presidente era melhor ou igual a Lula, enquanto, na pesquisa deste mês, o percentual caiu para 52%. Além disso, aqueles que acreditam que a presidente faz um governo pior do que o de Lula, que eram 25% no mês passado, subiram para 46% em julho.
A pesquisa aponta ainda que cerca de 30% das pessoas desaprovou totalmente a resposta dada pelos governantes às manifestações de junho. Outro dado interessante: 84% dos entrevistados não participou dos protestos, mas 39% responderam que são a favor das manifestações. Além disso, 43% dos entrevistados que pretendem voltar às manifestações pedem maiores investimentos na saúde.
Prioridades
A saúde é o principal problema do Brasil na avaliação da população, segundo a pesquisa. Os entrevistados deveriam apontar os três problemas que consideravam principais entre uma lista com 25 opções. A saúde foi assinalada por 77% deles.
A educação é a segunda maior preocupação e foi apontada por 39% dos entrevistados na pesquisa, seguida por segurança pública e violência com 38% das respostas. O uso de drogas e a corrupção completam o quadro dos cinco principais problemas que preocupam o brasileiro com 29% e 27%, respectivamente.
"Desde o início do governo as questões de saúde, segurança pública e educação aparecem como prioridade da sociedade, tanto nas avaliações de que são o pior desempenho do governo, como que são as mais importantes", analisou o gerente executivo da pesquisa da CNI, Renato da Fonseca.
Com Agência Brasil
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