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João da Costa está mais isolado

Aliados mais fervorosos do prefeito do Recife j no defenderiam mais, dentro do PT, a candidatura do correligionrio reeleio, no ano que vem. O curto tempo para recuperao poltica est pesando contra Costa

João da Costa está mais isolado (Foto: Andréa Rêgo Barros/247)
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Gilberto Prazeres_PE247 – A situação política do prefeito do Recife, João da Costa (PT), já não era boa, há um bom tempo, e parece ter piorado ainda mais nos últimos dias. Além da dificuldade de relacionamento com alguns figurões de partidos aliados, como o senador Armando Monteiro (PTB), por exemplo, o gestor vive seu momento mais delicado dentro do próprio PT. Há rumores, nos bastidores da sigla, de que os correligionários mais simpáticos ao chefe do Executivo recifense, que defendia com fervor a sua candidatura à reeleição, adotaram um discurso mais ameno. Eles já não impõem como antes a postulação de Costa como a alternativa mais coerente que o PT poderia apresentar à população, na eleição do ano que vem. Mudança de comportamento que já é vista, internamente, como sinal claro de que o prefeito não conseguiria reverter o atual quadro. Faltaria tempo.

“Não há mais tempo. Todo mundo está vendo isso. Há uns 40 dias, havia ainda a impressão de que o prefeito João da Costa tinha a possibilidade de disputar a eleição. Mas, agora, o clima está diferente. Quem defendia o nome dele com ‘sangue’ não defende mais. Ele até poderia reverter isso, mas não tem o tempo necessário. Isso está ficando claro”, analisou, em reserva, um dirigente petista. Apesar de o calendário eleitoral do partido indicar o mês de junho do próximo ano como o período para a definição da candidatura do PT à Prefeitura do Recife, João da Costa precisaria se recuperar até março, quando a legenda encerra o período de inscrição para a realização de prévias. Após essa data, caso não haja inscritos, a agremiação definirá por consenso.

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As maiores lideranças do PT pernambucano já adotam, também nos bastidores, um discurso que sinaliza essa possibilidade de troca de candidato. Recentemente, o senador Humberto Costa, principal líder da sigla, já indicou que a legenda poderá discutir, inclusive, a estratégia de candidaturas múltiplas do campo governista no Recife. O parlamentar tem atuado no sentido de diminuir a tensão que a falta de uma definição por uma postulação petista à gestão da capital do Estado tem provocado.

Contudo, se o prefeito João da Costa for sacado da disputa majoritária do Recife, o PT encontrará dificuldades em construir um discurso plausível para a troca. Nem os dirigentes do partido ensaiam o que deverá, nesse caso, ser dito a população. “Ainda teremos tempo para definir isso. Até 2012, a gente, caso o prefeito não seja o candidato, constrói um discurso, mas baseado na questão da unidade”, apostou o mesmo dirigente petista. O próprio prefeito, em eventos públicos, tem tocado nesse ponto. Ele chegou a desafiar aliados a fazerem mais, administrativamente falando, do que ele pela cidade.

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Essa dificuldade na pavimentação de um discurso de troca que o PT deve enfrentar é bem vista pela oposição. Alguns pré-candidatos do campo, como o ex-deputado federal Raul Jungmann (PPS) e o deputado estadual Daniel Coelho (PSDB), sempre tocam nessa questão. Os dois argumentam que o primeiro ponto a ser explicado é a razão que motivou o rompimento político e pessoal entre o prefeito João da Costa e o seu padrinho e antecessor, o deputado federal João Paulo (PT).

Até hoje, os dois petistas revelaram os detalhes da briga, que, no primeiro momento, foi tachada de traição por aliados do ex-prefeito. João da Costa, claro, negou essa versão. No início do ano, o presidente do PT recifense, Oscar Paes Barreto, afirmou que o deputado João Paulo queria dar as cartas na Prefeitura do Recife, mesmo já tendo deixado oficialmente o comando da gestão. O parlamentar rechaçou, na época, a declaração, porém não apresentou uma outra versão para o entrevero com o ex-amigo. Eles nutriam uma amizade de cerca de 19 anos.

Em entrevista recente ao 247, o prefeito João da Costa revelou que não troca palavras com o desafeto há mais de um ano. Em eventos públicos, eles se evitam.

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