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Jobim comanda lobby francês na Defesa

Ministro liderou viagem de parlamentares brasileiros a Paris a convite da Dassault, em junho;Jobim queria comprar caas j no primeiro semestre, mas deciso foi adiada por Dilma; sinais de insatisfao do ministro so crescentes

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247 – A presidente Dilma Rousseff já disse que a compra de caças para renovar a frota da Força Aérea Brasileira (FAB) não é prioridade e que não iria tratar do assunto neste início de governo, mas isso não impediu o ministro da Defesa, Nelson Jobim, de continuar seu lobby a favor dos caças Rafale, da francesa Dassault. Em junho, o ministro liderou uma viagem de congressistas brasileiros a Paris bancada pela fabricante francesa. Os parlamentares justificaram a viagem como convite do Senado francês, mas explicação que não se sustentou.

Foram escalados para o passeio os deputados Carlos Zarattini (PT-SP), Cândido Vaccarezza (PT-SP), Hugo Napoleão (DEM-PI), Eduardo Azeredo (PSDB-MG) e o senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP). O motivo da viagem, organizada por Jobim à revelia do Planalto, foi o 49º Salão Internacional da Aeronáutica e do Espaço (Paris Air Show), que ocorreu de 20 a 26 de junho no aeroporto parisiense Le Bourget. A comitiva faria parte dos trabalhos da Frente Parlamentar de Defesa Nacional, mas não foi organzida por meio do Congresso Nacional.

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A preferência de Jobim pela Dassault é conhecida e o ministro já chegou a se hospedar no castelo da família de Serge Dassault, na França. As suspeitas em relação ao processo de escolha dos caças por meio do Programa FX-2 levantam dúvidas desde julho de 2009, quando o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou que os franceses venceriam a concorrência contra o suecos da Saab e os americanos da Boeing para a venda de 36 aeronaves antes do fim do processo de licitação.

No dia 7 de setembro daquele ano, os presidentes Lula e Nicolas Sarkozy, da França, deram a entender que o negócio estava fechado. Mas o Comando da Aeronáutica havia elaborado um relatório técnico apontando o sueco Gripen, da Saab, como a melhor opção para o Brasil. Ainda assim, o ministro da Defesa chamou para si a decisão, alegando que era preciso levar em conta a Estratégia Nacional de Defesa, cuja prioridade é a transferência de tecnologia, prometida no pacote oferecido pelos franceses.

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A falta de transparência no processo levou ao adiamento da decisão pelo ex-presidente Lula e não animou a presidente Dilma a tratar no assunto neste início de governo. O Programa está suspenso atpé segunda ordem e deve recomeçar do zero. Em janeiro, Jobim chegou a anunciar um desfecho para o caso até o fim do primeiro semestre, mas, há algumas semanas, admitiu em entrevista a jornais franceses que a decisão não sai antes de 2012. A frustração de Jobim pela interrupção do processo da concorrência bilionária pode ser um dos motivos, ao menos, para as recentes declrações do ministro, interpretadas dentro do próprio governo como"provocaçôes". Dias depois de lançar no ar uma dúvida sobre quais seria os seus interlocutores "iidiotas", o ministro anunciou que votara em José Serra, maior adversário da então candidata Dilma Rousseff nas eleições presidenciais de 2010.

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