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      José Dirceu e Eduardo Campos têm antiga antipatia

      Ex-ministro e governador de Pernambuco não se bicam desde o primeiro governo Lula, quando os dois eram colegas de esplanada; com a declarada guerra regional entre socialistas e petistas, a rixa só tende a crescer 

      José Dirceu e Eduardo Campos têm antiga antipatia (Foto: Antonio Cruz/ABr e Andréa Rêgo Barros/SEI)
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      Gilberto Prazeres _PE247 – Principal voz petista a condenar as posturas regionais assumidas pelo PSB, de enfrentamento a candidaturas do partido (no Recife e em Fortaleza), o ex-ministro José Dirceu não é o que se pode chamar de um amigo do governador de Pernambuco e presidente nacional dos socialistas, Eduardo Campos. Pelo contrário. Há a informação de bastidor de que os dois não se bicam desde o primeiro governo do ex-presidente Lula (PT), quando ambos eram ministros. Na época (2003/2006), aliados do pernambucano contavam que a sua pasta (Ciência e Tecnologia) não recebia o tratamento esperado da Casa Civil, comandada por Dirceu.

      A complicada relação teria azedado de vez após o surgimento de indícios de um projeto nacional próprio encabeçado por Eduardo Campos, independente do PT. Nesse quesito, José Dirceu sempre se mostrou desconfiado com as alianças costuradas pelo socialista em estados como Minas Gerais e em São Paulo, onde o PSB se alinhou ao PSDB. Há quem diga que o ex-ministro da Casa Civil chegou a alertar o ex-presidente Lula de que Campos poderia ser ou estar próximo de um adversário dos petistas na briga pela Presidência da República.

      Em 2010, antes dos tucanos indicaram o ex-governador José Serra como presidenciável, o nome de Eduardo foi vinculado ao do senador Aécio Neves como prováveis colegas de chapa na corrida sucessória nacional. Curiosamente, a revista Veja, em meio a toda essa especulação, publicou entrevistas com o mineiro e o pernambucano, nos quais os dois trocaram elogios e apontaram afinidades políticas e programáticas. O que deixou muitos petistas, além do próprio José Dirceu, de orelha em pé.

      Com toda a confusão envolvendo o PT do Recife que resultou na escolha do senador Humberto Costa como o candidato do partido à prefeitura, o governador Eduardo Campos teria recebido a informação de que a indicação do parlamentar fora construída justamente por José Dirceu, para evitar que o nome do secretário estadual de Governo, Maurício Rands (PT), ligado ao governador, fosse homologado, uma vez que o prefeito João da Costa seria rifado do processo de qualquer forma.

      Segundo alguns socialistas pernambucanos, um indício claro de que Dirceu poderia estar por trás da postulação de Humberto Costa foi a inesperada presença do ex-ministro na reunião da Executiva Nacional do PT que decidiu pela retirada da candidatura do prefeito João da Costa e a sua defesa de um projeto de unidade partidária sem o nome do gestor.

      A provável participação de Dirceu nesse episódio fugiu do script traçado conjuntamente por Eduardo Campos e Lula, o que teria sido a gota d’agua para o socialista. Poucos dias após o ocorrido, o governador indicou que o PSB lançaria candidato próprio no Recife e estremeceu de uma vez a sua relação com o PT nacionalmente.

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