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Julgamento da suspeição de Moro no STF só acontecerá depois da pandemia, decide Gilmar

O ministro do STF Gilmar Mendes não quer que o julgamento da suspeição de Sérgio Moro na condenação do ex-presidente Lula seja feito em sessões virtuais, ou seja, o caso só deve ser analisado após a pandemia da Covid-19. Isso deve jogar a decisão para setembro ou ainda mais tarde.

Gilmar Mendes, Sérgio Moro e Lula (Foto: STF | Reuters | Ricardo Stuckert)
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247 - O julgamento da suspeição do ex-juiz Sérgio Moro na condenação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no processo do triplex em Guarujá (SP) deve ser analisado na Segunda Turma da Corte apenas em sessões presenciais, decidiu o ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes. A informação é da coluna de Mônica Bergamo. A pretensão do ministro leva a crer que o julgamento só deve acontecer após a pandemia do coronavírus.

Com isso, o cenário é de um julgamento apenas em setembro ou ainda mais para frente. Em novembro, o decano da Corte, ministro Celso de Mello, irá aposentar-se e é dele o voto considedaro decisivo no caso. Com sua substituição por um ministro indicado por Bolsonaro, o cenário apontaria para uma derrota de Lula e, na prática, pelo seu banimento da vida política-eleitoral do país. 

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A tese de Mendes - de realizar o julgamento apenas em sessão presencial- tipifica uma postergação sem precedentes no julgamento do caso. O STF  já registrou 64 casos de infecção pelo coronavírus entre funcionários e prestadores de serviço da corte. Não há qualquer previsão de retomada das sessões do Supremo em sua sede.

O CASO 

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O ex-presidente Lula foi condenado sem provas no processo do triplex em Guarujá (SP), acusado de ter recebido um apartamento como propina da OAS em contrapartida de contratos da Petrobrás com a empreiteira. Lula nunca dormiu nem tinha a chave do apartamento. 

Na apresentação da denúncia em setembro de 2016, o procurador Henrique Pozzobon admitiu que não havia "provas cabais" de que o ex-presidente era o proprietário do imóvel. 

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De acordo com uma reportagem da Vaza Jato, sobre irregularidades na operação do Judiciário de Curitiba (PR), o procurador Deltan Dallagnol duvidava da existência de provas contra Lula. 

Uma publicação revelou que procuradores fizeram o possível para impedir entrevista do ex-presidente antes do segundo turno, quando o Supremo Tribunal Federal acatou o pedido de entrevista do jornal Folha de S.Paulo.

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Segundo as reportagens conhecidas como Vaza Jato, publicadas pelo site Intercept Brasil, algumas em parceria com outros veículos, Moro agia como uma espécie de assistenta de acusação junto a procuradores. 

Moro também questionou a capacidade de a procuradora Laura Tessler interrogar o ex-presidente. 

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O ex-juiz também pediu acréscimo de informação na denúncia de um réu - Zwi Skornicki, representante da Keppel Fels, estaleiro que tinha contratos com a Petrobrás para a construção de plataformas de petróleo.

Outra matéria apontou que o ex-juiz "sugeriu trocar a ordem de fases da Lava Jato, cobrou novas operações, deu conselhos e pistas e antecipou ao menos uma decisão, mostram conversas privadas ao longo de dois anos".

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Em um diálogo de 1º de novembro de 2018, momentos antes da confirmação da ida de Moro ao governo Bolsonaro, a procuradora Monique Cheker criticou o então juiz em um grupo intitulado BD (todas as mensagens foram transcritas como estão no "The Intercept"). "Moro viola sempre o sistema acusatório e é tolerado por seus resultados", disse ela. 

O ex-ministro também emitiu a ordem de prisão contra Lula antes do esgotamento de todos os recursos judiciais. 

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