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Lacerda declara guerra a vice em BH e demite 17

Sob o argumento de que assessores do vice Roberto Carvalho, do PT, "não cumpriam suas funções", Márcio Lacerda vai indicar substitutos; aliança que sustentava o governo explode de vez; Carvalho defende candidatura própria em 2012 e nem Lula e Dilma conseguem convencê-lo do contrário

Lacerda declara guerra a vice em BH e demite 17 (Foto: FLAVIO TAVARES/AGÊNCIA ESTADO)
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Rodolfo Borges_247 – Os desentendimentos entre o prefeito e o vice-prefeito de Belo Horizonte deixaram, nesta semana, o mero debate político. O Diário Oficial da capital mineira publicou nesta sexta-feira a exoneração de 17 dos 22 assessores do gabinete do vice Roberto Carvalho (PT). As vagas serão ocupadas por funcionários indicados pelo prefeito Márcio Lacerda (PSB), que justificou, em nota, que as demissões ocorreram porque os servidores “não estavam cumprindo suas funções em consonância com as diretrizes da administração municipal”.

Segundo o prefeito de BH, “há uma determinação explícita a todos os servidores para que a sucessão eleitoral do próximo ano não prejudique a administração da cidade”. Se os petistas já demonstravam desagrado com a presença de tucanos em mais de 60% das vagas da Prefeitura, as exonerações não devem contribuir pra amainar os ânimos e vai definindo o quadro político para 2012: PT e PMDB conversam para polarizar com PSB, PSDB e PCdoB, que já retirou candidatura própria em favor da coligação de reeleição.

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Lacerda e Carvalho nunca se entenderam muito bem, mas a proximidade das eleições municipais de 2012 dinamitou de vez a aliança entre PT, PSB e PSDB, costurada pelo ministro do Desenvolvimento Fernando Pimentel e pelo senador Aécio Neves, que levou o prefeito a assumir Belo Horizonte em 2008. O PSB mineiro já fez o convite ao PSDB para não apenas manter o apoio nas eleições do próximo ano, mas fazer parte da aliança formal, e o PT de Minas Gerais já mandou avisar que não coliga com ninguém que estiver junto com os tucanos.

As exonerações foram classificadas por Carvalho como “desrespeito, deslealdade e traição”. Segundo ele, mais do que uma ação contra ele, as demissões acertam o PT, que não coliga de jeito nenhum com o PSDB na capital mineira, nem que seja para manter a posição do partido num provável reeleito governo do PSB.

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A decisão dos petistas mineiros foi tomada apesar dos apelos da presidente Dilma Rousseff e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que exercem sobre o vice-prefeito de Belo Horizonte pressão parecida com a que levou a senadora Marta Suplicy a retirar sua pré-candidatura à Prefeitura de São Paulo nesta semana. Por enquanto, Roberto Carvalho se mostra irredutível e mantém sua pré-candidatura à Prefeitura de Belo Horizonte.

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