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Líder do PSDB acusa PT de "arrebentar" Petrobras

Será que a solução é rebatizar a empresa como Petrobrax e dividir o pré-sal com companhias estrangeiras, como defende a Exame em sua última capa? De acordo com Aloysio Nunes Ferreira, governo promoveu "privatização disfarçada" e aparelhamento de "forma selvagem e descontrolada" da máquina da estatal

Líder do PSDB acusa PT de "arrebentar" Petrobras

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247, com Agência Senado - O senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) voltou à tribuna do Plenário, nesta segunda-feira 18, para criticar a atuação do governo petista à frente da Petrobras. Segundo o parlamentar, a "situação dramática" da empresa foi novamente posta em evidência com a publicação de uma reportagem na última edição da revista Exame, que descreve "como o governo está destruindo a maior empresa do Brasil".

Para Aloysio Nunes, o PT acabou promovendo uma "privatização disfarçada" da companhia ao entregar a gestão da estatal a partidos políticos e facções sindicais, num aparelhamento do setor de "forma selvagem e descontrolada, com resultados desastrosos".

– Se quisermos saber como arrebentar com uma empresa, é preciso recorrer às lições do PT. Há grandes professores, a começar por Lula, passando pela Dilma Rousseff, pela atual presidente [da empresa], Graça Foster, e pelo principal artífice de destruição, o senhor José Sergio Gabrielli [ex-presidente da Petrobras] - afirmou.

Os indicadores da petrolífera, ressaltou o senador, só pioram desde o anúncio da descoberta do pré-sal, há sete anos. O parlamentar citou queda de 36% no lucro da empresa e de 2% na produção em 2012.

Aloysio Nunes também manifestou preocupação com os acionistas, inclusive os trabalhadores que usaram recursos do FGTS na compra de ações da companhia.

– Quem paga o pato são os acionistas, que foram informados que o pagamento de dividendo aos detentores de ações ordinárias seria reduzido à metade. E, segundo a própria presidente Graça Foster, as coisas serão ainda piores no primeiro semestre de 2013 - lamentou.

Em aparte, a senadora Ana Amélia (PP-RS) ressaltou que seria importante a presença da presidente da companhia, no Senado, para explicar o que de fato está acontecendo com a estatal. A senadora é autora de um requerimento de audiência pública com Graça Foster na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE).

O senador Cristovam Buarque (PDT-DF), por sua vez, acrescentou que a Petrobras é um símbolo da luta nacional pelo desenvolvimento brasileiro e não pode jamais ser manipulada de acordo com interesses de um partido ou de um governo.

- A Petrobras é uma empresa do Estado brasileiro - pontuou.

No governo tucano

Em dezembro de 2000, o então presidente da Petrobras Henri Philippe Reichstul anunciou que a empresa estava mudando seu nome comercial para PetroBrax. Segundo ele, o objetivo seria "unificar a marca e facilitar seu processo de internacionalização". A medida, disse ele, ganhou aval do presidente da República na época, Fernando Henrique Cardoso (PSDB).

Esta foi a alternativa limite do governo tucano para, segundo analistas, facilitar a venda da estatal. A gritaria foi grande por parte da população, pega de surpresa com a idéia no período de Natal e Ano Novo. Dois dias depois de anunciada, a intenção de transformar a Petrobras em Petrobraz foi arquivada.

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