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Limírio, a próxima estrela da CPI do Cachoeira

Ex-dono do Laboratório Neo Química, amigo Marcelo Limírio pode ter pago R$ 5 milhões em honorários ao advogado de Carlinhos  Cachoeira, Marcio Thomaz Bastos; na prisão da Papuda, contraventor pediu que irmã mandasse ex-mulher Adriana saldar primeira parcela de R$ 15 milhões, mas ambas brigaram em hospital quando ela se recusou

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Marco Damiani _247 – Em meio ao turbilhão de denúncias que não vão tirar tão cedo seu nome do noticiário, o contraventor Carlinhos Cachoeira enfrenta agora um racha profundo em seu grupo familiar mais íntimo. Ao mesmo tempo, confirmou, nas piores condições, os laços que atam para ele uma forte amizade e parceria. Diante de uma dramática situação familiar, coube ao ex-dono do laboratório Neo Química, Marcelo Limírio, arcar com o pagamento da primeira parcela dos honorários de R$ 15 milhões cobrados pelo advogado e ex-ministro Marcio Thomaz Bastos pela defesa de Cachoeira. Mas não era para ter sido assim.

Ainda preso em Mossoró, ao receber sua irmã Lana para uma visita, Cachoeira a orientou a buscar recursos com sua ex-mulher Adriana Aprígio para o pagamento dos honorários. Adriana sucedeu Cachoeira na presidência do Laboratório Vitapan, braço legalizado das atividades do contraventor, herdando a administração de várias contas bancárias. Acredita-se, entre as fontes de 247 que relataram esta versão, que existam, inclusive, contas em paraísos fiscais do exterior, como as ilhas Bahamas.

Lana encontrou Adriana no Hospital Evangélico de Anápolis. Ela fora visitar a mãe de Cachoeira, que estava internada e, ali, dias depois, viria a falecer. Ao dar a mensagem do irmão, porém, Lana ouviu de Adriana que não havia condições de ser feito pagamento nenhum, contrariando suas expectativas. O que se seguiu à surpresa negativa, segundo pessoas que relataram a cena, foi uma troca de tapas, arranhões e repuxões de cabelos, numa briga sem regras presenciada por funcionários do hospital. Ficou claro, ali, que Adriana rompia com o grupo e passaria a agir de maneira independente.

Para honrar o compromisso da contratação de Thomaz Bastos, assumiu a cena, então, o empresário Marcelo Limírio. Dono de grande fortuna pessoal, consolidada em 2009, quando vendeu o laboratório que fundara, o Neo Química, por R$ 1,3 bilhão para o grupo Hypermarcas, Limírio é visto no eixo Anápolis-Goiânia como um antigo sócio informal de Cachoeira em sua área legal de negócios. O empresário integra o pequeno grupo de acionistas do ICF – Instituto Certificador de Fármacos --, de Goiás, ao lado de Adriana, que representava, até agora, os interesses de Cachoeira – mesmo depois de passar o Vitapan para o nome dela, o contraventor continuou despachando normalmente da sala da presidência do laboratório, mantendo-a como seu principal endereço para despachos.

Limírio também é sócio do senador Demóstenes Torres na Nova Faculdade, de Contagem. Ele e Cachoeira passaram quase uma década como vizinhos no setor de laboratórios de Anápolis – a Neo Química sempre foi contígua à Vitapan do hoje preso mais famoso do Brasil. Com este passado, Limírio tem tudo para se tornar a próxima grande estrela da CPI.

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