Lincoln Secco: “O PT é grande demais para mudanças bruscas”
Historiador e professor da USP, autor do livro "História do PT", Lincoln Secco afirma, em entrevista concedida ao jornal El País, que a maior falha do partido "foi a estratégia lulista. A da conciliação permanente", destaca que não é possível uma refundação da legenda; "A história não gira para trás", argumenta; e concorda que "a grande imprensa foi mais desfavorável a Lula" em relação a FHC; "Quase não há críticas ao governo do PSDB em São Paulo", observa
247 - Autor do livro "História do PT" (Ateliê Editorial), o professor da USP e historiador Lincoln Secco avalia que a maior falha do partido "foi a estratégia lulista. A da conciliação permanente".
Em entrevista ao jornal espanhol El País, ele destaca que não é possível uma refundação da legenda. "Desde o I congresso já se falava em refundação. A história não gira para trás. Hoje, tanto as alas esquerdistas quanto as de direita estão atreladas aos cargos públicos que o partido têm. O PT é grande demais para mudanças bruscas", argumenta.
O historiador concorda que "a grande imprensa foi mais desfavorável a Lula" em relação ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e ressalta que "há pesquisas conclusivas sobre isso em inúmeras teses universitárias". "O laboratório de mídia da UERJ mostrou isso", afirma, em referência ao 'manchetômetro'.
"É claro que quem está no governo é sempre mais atacado pela imprensa e com razão. Considerando o período que o PSDB esteve na presidência (1995-2002), ainda assim a grande imprensa foi mais desfavorável a [Luiz Inácio] Lula. Os escândalos ligados ao PT estão todos os dias na televisão. Quase não há críticas ao governo do PSDB em São Paulo", compara.
Leia aqui a entrevista.
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