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Lula diz a Mano Brown que Bolsonaro não é de direita: "está mais para Hitler ou Mussolini"

"Ele tem que ser analisado mais pra Hitler e Mussolini do que pra um cara de direita", disse o ex-presidente em entrevista ao rapper Mano Brown. Eles falaram sobre o discurso de Brown no comício de Haddad em 2018, com críticas à esquerda

Rapper Mano Brown e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Reprodução/Twitter Mano Brown @jefdelgado)
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247 - O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou não acreditar que Jair Bolsonaro possa fazer parte do campo ideológico de direita. De acordo com o petista, Bolsonaro pode ser comparado a ditadores como Adolf Hilter e Benito Mussolini.

"O que tá acontecendo no Brasil não é uma disputa de direita e esquerda. É entre fascistas e democracia. Bolsonaro não é de direita. Ele tem que ser analisado mais pra Hitler e Mussolini do que pra um cara de direita. Porque ele não pensa. Ele não constrói um pensamento, ele constrói bobagem. Você não vê uma frase inteira dele dizendo alguma coisa que preste, é só bobagem", disse o petista em entrevista a Mano Brown, no terceiro episódio do "Mano a Mano", divulgado nesta madrugada. 

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O ex-presidente também disse que a direita não quer um estado menor, mas sim "um estado servindo aos seus interesses". "A direita não fala uma linguagem que eu admiro que ela fale. Ele (Bolsonaro) ganhou porque muita gente do nosso povo votou com ele. Nós perdemos no debate ideológico. A direita tem sua importância sim, eu admiro um cara de direita que debate com firmeza. O que não acho é que esteja preparado pra enfrentar o debate destrutivo que eles fizeram", continuou, em reportagem do UOL.

O discurso de Brown na campanha de Haddad

Lula e Mano Brown conversaram sobre o discurso do rapper durante o "vira-voto" para Fernando Haddad (PT) em 2018, movimento que aconteceu às vésperas da eleição vencida por Jair Bolsonaro e que tentava mudar os rumos da eleição. À época, Brown se disse pessimista com uma "virada".

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O rapper explicou ao ex-presidente o que o levou a pensar assim.

"Eu cheguei e pensei. A gente perdeu a eleição. Olhei pra plateia e não vi os meus lá. Aquele povo que colocou o Lula no governo, a massa negra, a massa operária, a massa da favela. Os nossos eram motoristas, seguranças, gari e eles não estavam do nosso lado. E aquilo me revoltou e eu percebi que a gente tinha falhado ali." 

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Lula afirmou não ter ficado chateado com as críticas de Brown ao PT.

"Prefiro que as pessoas digam pra mim a verdade nua e crua e você chamou a atenção do PT pra uma causa. O PT esqueceu do seu discurso originário, que era dar vez e voz ao povo trabalhador desse país, o povo oprimido. Se o PT esquecer pra que que ele nasceu, melhor acabar", comentou o ex-presidente.

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Não surgiu nada melhor do que o PT nesse país. Eu não vim de cima pra falar com o de baixo, saí de baixo pra levar os de baixo pra cima. Isso o PT não pode esquecer."

Racismo

Lula e Brown também falaram sobre temas como racismo. Questionado pelo apresentador a respeito da falta de representatividade negra, Lula comentou o assunto: "A política era branca, a cultura era branca, Você não via gerente de banco preto. A direção do PT tinha uma maioria branca, maioria de homem também. O que tá acontecendo agora? Há uma evolução política, dos negros tanto homens quanto mulheres, um grande numero de gente tá adquirindo consciência de que não basta ficar achando que é vitima, resolveram ir a luta, brigar e falar "oh, eu quero meu espaço. O PT é o único partido que tem setoriais. A sociedade é plural, ela tem suas cores, seus gostos, nós queremos que ela se apresente de fato como ela é. Não queremos pegar o negro porque é negro e falar não, vai ter que alguém. O movimento negro tem que participar em igualdade de condições. Pelo caminho da politica." 

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O ex-presidente afirmou ainda ser favorável aos protestos de "Black Lives Matters", que tomara os Estados Unidos ano passado. "Tudo que você fizer de manifestação pra se afirmar, acho muito importante. É preciso acontecer isso."

Eleições

O petista evitou se colocar como candidato. "Não estou candidato ainda, só vou decidir se vou ser candidato em março. Eu sei que é difícil acreditar que alguém que está em 1º lugar nas pesquisas não é candidato, mas eu não sou por uma simples razão. Primeiro porque não quero ser candidato de mim mesmo. Preciso construir uma candidatura que venha de baixo pra cima", disse. 

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"Eu quero ouvir muita gente, quero conversar com muita gente. Por que? Porque de todo mundo que tá pensando em ser candidato, todo mundo pode prometer o que quiser. Eu não posso, porque eu já fiz. Porque eu tenho um patamar. Eu não posso fazer menos do que fiz. Eu aprendi uma lição. Você não conserta esse país se você não colocar os pobres no orçamento. Você colocar o pobre no orçamento e o rico no imposto de renda, aí você começa a resolver os problemas do país", complementou.


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