Lula diz que Brasil se manterá neutro na guerra da Ucrânia para "ser capaz de negociar a paz"

"Estamos tentando formular a oportunidade, quando convier aos dois presidentes, de colocar uma proposta de paz na mesa", diz o presidente

Zelensky, Putin e Lula
Zelensky, Putin e Lula (Foto: REUTERS/Gleb Garanich | Sputnik/Pavel Bednyakov/Pool via REUTERS | Valter Campanato/Agência Brasil)


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BRASÍLIA (Reuters) - Em entrevista ao lado do presidente da Finlândia, Sauli Niinistö, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que o Brasil se manterá neutro sobre a guerra da Ucrânia para ser capaz de ajudar a negociar um acordo de paz.

"O Brasil desde que começou essa guerra fez crítica à ocupação territorial da Ucrânia", disse Lula. "Estamos tentando formular a oportunidade, quando convier aos dois presidentes, de colocar uma proposta de paz na mesa, que tem que ser combinada com os dois."

Lula aponta, no entanto, que esse momento parece ainda não ter chegado para ambos.

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"Não acontecerá nada enquanto Ucrânia e Rússia não tomarem a decisão de que querem a paz. Portanto, o Brasil faz parte de um grupo de países que querem se manter neutros para construir a possibilidade do fim da guerra", completou.

Niinistö destacou que ele e Lula concordam que a invasão da Ucrânia foi ilegal e afirmou que qualquer tentativa de se alcançar a paz é válida." Mas acredito que nesse momento isso não está à vista", ressaltou.

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Lula também afirmou que ouviu "com muito interesse" as considerações do líder finlandês sobre a guerra na Ucrânia e que a visão do Brasil, que está a 14 mil quilômetros da região, tem que ser diferente da Finlândia, que divide com a Rússia 1.300 km de fronteiras.

O presidente ainda citou que o Brasil tem a expectativa de alcançar um acordo equilibrado entre o Mercosul e a União Europeia.

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