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Lula recebe Campos Neto pela 1ª vez no Planalto nesta quarta para 'distensionar relação'

Encontro foi solicitado pelo próprio presidente do BC, que vem sendo alvo de críticas do governo por manter a taxa básica de juros em um nível alto, travando a retomada econômica

Lula e Roberto Campos Neto (Foto: Ricardo Stuckert/PR | Adriano Machado/Reuters)
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Reuters e 247 - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva encontra na quarta, pela primeira vez desde que tomou posse, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, em uma audiência junto com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para, de acordo com fontes ouvidas pela Reuters, distensionar a relação.

O encontro está na agenda oficial do presidente, às 17h30, apenas os três. De acordo com a CNN Brasil, o pedido para que a reunião ocorresse partiu do próprio Campos Neto e foi aceito por Lula. O único encontro entre os dois havia ocorrido em dezembro do ano passado, ainda durante a transição. Desde então, a relação se deteriorou, mas à distância. Lula passou a culpar Campos Neto pelas decisões do BC de manter os juros altos até junho, e foi seguido por boa parte do PT.

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A pedido de Haddad, Lula por algum tempo deixou de cita-lo especificamente, mas recentemente, mesmo depois da primeira decisão do BC de reduzir a taxa -- com voto de desempate de Campos Neto --, o petista voltou a criticá-lo e reclamar dos juros.

"Nós temos que ter dinheiro para investir. E dinheiro para ser investido a juros baratos. Por isso é que o cidadão do Banco Central precisa saber que ele é presidente do Banco Central do Brasil e não do Banco Central de um país que não seja o Brasil, e que precisa baixar os juros. Não é possível", disse em Fortaleza, em um evento.

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Na semana passada, o Comitê de Política Monetária (Copom) reduziu a Selic pela segunda vez seguida, em 0,5 ponto percentual, levando a taxa básica a 12,75% ao ano. Lula é o primeiro presidente a iniciar o governo com a vigência da autonomia do Banco Central, que foi sancionada pelo então presidente Jair Bolsonaro no início de 2021. Com isso, o petista enfrenta a situação até então inédita de ter como presidente do BC nos primeiros anos de seu mandato um nome indicado pelo governo anterior.

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