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Lula sobre FHC : “Não sei como alguém que estuda tanto quer esquecer o povão”

O lder petista deita e rola sobre Fernando Henrique Cardoso peloartigo O papel da oposio, em que o lder tucano recomemenda distnciado povo, dos movimentos sociais e das as massas carentes e pouco informadas

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247, com informações da Agência Estado – Fernando Henrique Cardoso levantou a bola e Luiz Inácio Lula da Silva, sem vacilar, estufou as redes. Em visita a Londres, o petista que elegeu Dilma Rousseff presidente da República cutucou seu antecessor tucano no cargo, nesta quinta-feira, por conta do artigo “O papel da oposição”, publicado há pouco na revista “Interesse Nacional”. No texto, FHC recomenda à oposição que esqueça o “povão”, “movimentos sociais” e “as massas carentes e pouco informadas”, hoje dominados pelo PT, e invista na nova classe média. “Não sei como é que alguém estuda tanto e depois quer esquecer do povão. O povão é a razão se ser do Brasil", retrucou Lula, sem citar nominalmente o velho rival.

O líder petista chegou até a comparar FHC ao último general-presidente da ditadura militar. Lembrou, com ironia, que o Brasil já teve político que disse preferir o "cheiro de cavalo ao do povo", referindo-se a uma célebre frase do general João Batista de Oliveira Figueiredo. “Agora, tem ex-presidente que fala que, para não ficar atrás, é preciso esquecer o povão. Eu não entendo, não sei o que ele (FHC) quis dizer."

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Feliz da vida por poder cutucar Fernando Henrique, que o derrotou em duas eleições presidenciais, Lula afirmou discordar da avaliação de que o governo "engoliu" a oposição. Segundo ele, o fato de o governo ter-se fortalecido nas últimas eleições faz parte do jogo democrático. "É assim mesmo, já fui oposição com 16 deputados", disse, acrescentando que a oposição não "capta" os desejos e as aspirações do eleitorado. "O povo não aceita mais oposição vingativa, com ódio, negativista. O povo brasileiro quer gente que pensa no Brasil", declarou. "A oposição quer que tenha desgraça para poder ter razão."

“O papel da oposição” causou constrangimento entre os próprios caciques tucanos, caso do mineiro Aécio Neves. Neto do presidente eleito Tancredo Neves e estrela em ascensão no partido, o parlamentar, comenta-se nos bastidores, interpretou o texto de FHC, presidente de honra do PSDB, como uma resposta algo indelicada e arrogante ao seu primeiro discurso no Senado, no último dia 6, em que tratou do mesmíssimo assunto.

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 “Vejo o futuro da oposição numa ótica mais otimista do que o presidente Fernando Henrique. Sou mais otimista em relação à afirmação da oposição, diante das várias classes sociais, até mesmo em razão do êxito das gestões do PSDB tanto no plano nacional como no estadual. Em Minas, o resultado das gestões do PSDB nos aproximou muito de integrantes das classes C e D. O artigo é um belo documento que deve ser compreendido na sua inteireza. Não se pode destacar um ou outro ponto, sob pena de distorcer suas posições”, respondeu o parlamentar das Gerais, que chegou a propor, recentemente, uma aproximação da legenda com as centrais sindicais – de forma a tornar a legenda social democrata não apenas no nome, mas também na prática.

 A troca de alfinetadas entre os tucanos data do fim do ano passado, logo após sua terceira derrota consecutiva para o PT na corrida presidencial. À época, aliados do candidato ao Palácio do Planalto, o ex-governador paulista José Serra, abriram fogo contra Aécio por este ter se recusado a compor a chapa à Presidência, na condição de figurante, como vice. Nárcio Rodrigues, presidente do diretório de Minas Gerais e homem de confiança do senador tucano mineiro, respondeu à altura. O discurso de Aécio e o artigo de FHC marcam, agora, o segundo round da disputa, que promete. Sinal de que o papel da oposição interesse menos aos tucanos, no momento, do que a briga pelo poder interno, que coloca frente a frente os “paulistas” FHC e Serra, de um lado, e o mineiro Aécio e o pernambucano Sérgio Guerra, presidente da legenda, de outro. Melhor para o PT.

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