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    Mais uma de Bolsonaro

    Deputado vai a evento GLTB para criticar cartilhas do governo federal contra homofobia

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    Rodolfo Borges_247, de Brasília – O deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ) protagonizou mais um capítulo de sua cruzada contra as cartilhas educacionais do governo contra a homofobia na tarde desta terça-feira. Na entrada do 8º Seminário LGBT, organizado por parlamentares favoráveis à aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do casamento civil entre homossexuais, o deputado protestou contra a entrega de cadernos com capas coloridas durante a campanha “Rio sem homofobia”, lançada nesta terça-feira no Rio de Janeiro. “Os filhos do (governador) Sérgio Cabral vão fazer o dever neste caderno?”, questionou Bolsonaro, que logo reuniu dezenas de repórteres e curiosos.

    Segundo o deputado, na sua época esses cadernos estampavam a bandeira do Brasil. “Hoje tem essa patifaria”, reclamou. Bolsonaro aproveitou a atenção para dizer que o número de mulheres violentadas no país é maior do que a quantidade de homossexuais espancados, questionando por que um assunto recebe mais atenção do que o outro, e dizendo que não tem medo de perder votos por expor suas posições sobre o tema. Desta vez, foram os militantes do movimento gay que empunharam seu material de campanha atrás do deputado enquanto ele dava entrevistas.

    Do lado de fora do auditório, o deputado disse que só compareceria ao seminário se fosse convidado. “Será que eles vão me convidar? Não vão. Têm medo. E são heterofóbicos. Quem sabe eu apresento um projeto aqui pra criminalizar a heterofobia”, disse, cercado por jornalistas, militantes do movimento gay e alguns curiosos que apoiavam suas palavras. O tumulto provocado pelas declarações de Bolsonaro durou cerca de 20 minutos e mobilizou a segurança da Câmara.

    Mais tarde, o assunto da cartilha contra a homofobia foi parar no Plenário da Casa, puxado pelo deputado Anthony Garotinho (PR-RJ). Os deputados Chico Alencar (PSOL-RJ) e Bolsonaro bateram boca sobre o assunto. Alencar disse que a utilização da cartilha não é obrigatória e que os professores que optarem por não adotá-la não sofrerão qualquer sanção, ao contrário do que os deputados contrários à cartilha vinham dizendo.

    Liderado pela senadora Marta Suplicy (PT-SP) e pelos deputados Manuela D`Ávila (PCdoB-RS), Jean Wyllys (PSOL-RJ) e Paulo Pimenta (PT-RS), o 8º Seminário LGBT foi organizado sob o lema “Quem ama tem o direito de casar” e reuniu cerca de 300 militantes da causa gay, que debateram políticas públicas e estratégias de educação da população brasileira para o respeito aos direitos dos homossexuais.

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