Marconi já descarta a reeleição?
Depois de mais de 50 dias de muita apreensão, dificuldades administrativas e falta de linearidade de discurso no governo de Goiás, 2014 pode ter chegado mais cedo no Palácio das Esmeraldas
Depois de mais de cinquenta dias de muita apreensão, dificuldades administrativas e falta de linearidade de discurso sobre uma série de episódios relacionados à guerra fratricida dentro do governo de Goiás, 2014 pode ter chegado mais cedo no Palácio das Esmeraldas.
Uma fonte muito próxima do governador confidenciou esta semana que o mesmo pensa seriamente em não disputar a reeleição se o resultado das eleições municipais de Goiânia, Anápolis, Luziânia, Formosa e Itumbiara caminharem favoráveis para a oposição.
Bom. Antes que os "Marconistas" se enfureçam com esta introdução, vamos raciocinar sem pensar nos salários e contratos que pagam suas contas no fim do mês, e pensar, como dizem, no "Marconi".
Operação Monte Carlo, uma sombra incômoda
Além do grave desgaste com o funcionalismo público, em especial os professores e servidores da saúde, polícia militar e Agetop, vamos colocar também mais um elemento nesta equação de desgastes: a Operação Monte Carlo, que estreita, a cada diálogo divulgado, o governador à pratica de um Estado subserviente ao homem mais poderoso de Goiás, preso agora na Papuda, em Brasília (reconheço que já tem Marconista cansado desta história, entretanto, já que sai diálogo na imprensa todo dia, não posso fazer absolutamente nada, realmente é cansativo esse processo e creio que já deveria ter sido tudo divulgado, isso já se transformou em tortura chinesa).
Semana passada, em reunião entre deputados estaduais e secretários de Estado, já houve seu teor praticamente todo divulgado em vários órgãos da imprensa, mas, em especial, pelo Jornal Opção, que foi mais a fundo na história, nota-se claramente um contínuo desencontro de forças entre Assembleia e Administração.
Mesmo a Assembleia Legislativa atendendo a todos os pedidos do Palácio das Esmeraldas, alguns secretários Estaduais se encruaram em uma redoma de vaidades políticas e se distanciaram do Legislativo.
Conforme publicado no Jornal Opção, até o deputado presidente da Assembleia, Jardel Sebba, que inclusive é pré-candidato a prefeito de Catalão, cidade em que o PMDB mantém um forte baluarte oposicionista, tem dificuldades no secretariado, imagine então os de baixo clero. Fica evidente que, dentro do governo, o famoso bloco de 1998, conhecido como "base governista", já se desfez.
JBJ, Paulo e Vanderlan. Oposição se junta
Além da dificuldade de encontrar um nome tucano para as eleições de Goiânia (na minha opinião eles têm este nome, só não o colocam por ser da confiança estrita de Nion Albernaz), sem Goiânia, Anápolis, possivelmente Itumbiara e Trindade e boa parte do Entorno, Marconi já começa a divulgar lentamente que seu projeto se encerra em 2014.
Outro fato que pesa nesta decisão é a recente logística da oposição que, de certa forma, apresenta dois nomes novos para a disputa, um deles Vanderlan Cardoso e outro Júnior do FriBoi (Joesley Batista), candidatos com pouco desgaste e, agora, caminhando uníssono com o comprometimento de apoio mútuo caso um chegue com mais condições para a disputa de 2014 que o outro.
Um fardo espinhoso e pesado que o governador Marconi está colocando na balança desde já.
Gercyley Batista é jornalista e autor do blog Observacionista, de Goiânia
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