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Marina diz que Temer é parte da crise e defende eleições diretas

"O PT e o PMDB, embora hoje se digladiem, ao longo dos últimos 13 anos foram como irmãos siameses. Juntos são responsáveis pela crise política, ética e econômica do Brasil. São os principais protagonistas dos inaceitáveis escândalos de corrupção que têm sido desvendados pela operação Lava-Jato. Portanto, não seria possível que uma parte geradora da crise tivesse qualquer legitimidade para se apresentar como alternativa para resolvê-la", diz a senadora Marina Silva, que abraça a tese de novas eleições e diretas já; vídeo

Brasília - Marina Silva, da REDE, faz avaliação do cenário político após aprovação do impeachment da presidenta Dilma Rousseff na Câmara (Wilson Dias/Agência Brasil) (Foto: Leonardo Attuch)
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Por Marina Silva, em seu Facebook

Esse vídeo poderia ser de hoje, mas já tem mais de sete meses. Compartilho para esclarecer aos que não tiveram acesso anteriormente e aos mal-intencionados que inventam mentiras e que me acusam de oportunismo, de estar "desaparecida" ou em cima do muro. O meu posicionamento diante da crise permanece o mesmo, não mudou ao sabor das conveniências. Continuo a dar todo meu apoio à operação Lava-Jato. Da mesma forma, sigo defendendo que o uso do dinheiro da corrupção pela chapa Dilma-Temer em 2014 deveria ser resolvido por uma julgamento do TSE. 

O PT e o PMDB, embora hoje se digladiem, ao longo dos últimos 13 anos foram como irmãos siameses. Juntos são responsáveis pela crise política, ética e econômica do Brasil. São os principais protagonistas dos inaceitáveis escândalos de corrupção que têm sido desvendados pela operação Lava-Jato. Portanto, não seria possível que uma parte geradora da crise tivesse qualquer legitimidade para se apresentar como alternativa para resolvê-la. 


A sociedade brasileira está indignada com a falta de legitimidade e credibilidade do sistema político e seus principais operadores. Ninguém tolera mais as manobras dos que se amotinam em suas casamatas de arrogância e os conchavos espúrios que fazem para interromper os avanços alcançados pelo Ministério Público Federal e por parte relevante da justiça e da Polícia Federal. 

Aqueles que estão muito ocupados na tentativa de se proteger das investigações, não são nem serão capazes de encontrar alternativas para que o país supere a crise. Muitos estão seriamente implicados nos esquemas de corrupção, como indicam as recentes notícias da delação da Odebrecht ainda para ser homologada.

A Justiça precisa agir para que a política não seja uma mera farsa financiada com recursos públicos desviados para o favorecimento ilícito de interesses privados dos próprios políticos. O desejo da sociedade de "passar o Brasil a limpo" passa pela decisão jurídica de devolver aos 200 milhões de brasileiros a possibilidade de reparar o erro que foram induzidos a cometer. Essa é uma questão de justiça e também de democracia: só o povo pode decidir quem vai governar.

Volto a dizer o quanto é importante continuarmos a dar total apoio às investigações do MPF, da PF e dos que dentro da justiça estão fazendo o indispensável trabalho de revelar certas verdades que ficaram muito tempo ocultas.
Sabendo de tudo o que foi ocultado em 2014 com as mentiras que foram usadas pelos que ganharam a eleição, seria fundamental devolver à população o direito de dar a palavra final, caso contrário não haverá nenhum governo com a devida legitimidade para coordenar os imensos esforços que o Brasil terá de fazer para sair dessa profunda crise.

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