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Poder

Marina faz as pazes com o PV

Acordo com a direo do partido abre espao para novas filiaes, de olho nas eleies de 2012

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Em crise desde março, quando a direção nacional do partido adiou as eleições internas deste ano para 2012, a batalha travada entre os grupos da ex-senadora Marina Silva e do deputado federal e atual presidente da legenda, José Luiz Penna (SP), teve uma trégua e já existe a perspectiva de um acordo nos próximos dias. A razão é que a instabilidade no partido estava afugentando novas filiações, como a dos vereadores egressos do PSDB paulistano Dalton Silvano e Gilberto Natalini e dos ex-deputados federais Gustavo Fruet (PSDB-PR) e Marcos Rolim (PT-RS), entre outros. E a legenda quer nomes competitivos para as eleições municipais do ano que vem.

"Tem gente do Brasil inteiro querendo vir e agora queremos dar uma garantia institucional para as novas lideranças", disse o presidente do PV em São Paulo, Maurício Brusadin. O dirigente, que faz parte do Movimento Transição Democrática, ligado à Marina Silva, ressalta que o partido pretende ter candidatos próprios em todas as capitais e que os "nomes de peso" pleiteados pelo grupo atualmente não têm garantias políticas para mudar de legenda porque a estrutura do PV é provisória. "Precisamos mudar o mecanismo do que é provisório. Temos que fazer a eleição de 2012, mas precisamos dar primeiro condições para estas pessoas", justificou.

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A atual liderança do PV nacional já está no poder há 12 anos. Com seus 19,6 milhões de votos na eleição presidencial, Marina Silva vem defendendo a reformulação partidária para atrair "bons quadros" para a legenda que ajudou a "turbinar" em 2010. "Uma das razões do movimento é abrir o partido para essas novas lideranças", afirmou o deputado Alfredo Sirkis (RJ), aliado de Marina.

Embora Penna negue que a crise interna esteja afetando a expansão do partido, nos bastidores seus interlocutores trabalham para um acordo com o grupo de Marina. O grupo de Penna já concordou com a realização de eleições nos diretórios municipais e estaduais nos próximos meses. Amanhã, aliados de Marina e de Penna devem discutir a realização de uma convenção em julho para fazer mudanças no estatuto do partido, incluindo o fim do direito à reeleição dos atuais dirigentes e a eleição da executiva nacional, que deve ficar para novembro. "Esse processo de democratização é irreversível, mas agora está havendo diálogo. A temperatura interna está baixando, estou otimista", comemorou Sirkis.

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De acordo com o deputado do Rio de Janeiro, a possibilidade de atrair "bons nomes" e a insegurança gerada pela crise interna obrigam os lados beligerantes a buscar uma solução imediata. "Nós já discutimos em profundidade essa situação e o PV espera essas pessoas de braços abertos", afirmou. Temerosos em perder os eleitores que Marina conquistou no ano passado, os verdes já falam em acordo até esta sexta-feira. "Trabalhamos com a hipótese de se resolver isso antes da sexta-feira", revelou Brusadin.

Apesar da crise, Penna garante que o partido está funcionando "sem dificuldades" e insinua que o acordo ocorreria em algum momento. "Em política é assim, tem acordo todo dia", desconversou.

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Ex-tucanos

Dalton Silvano e Gilberto Natalini formalizaram ontem o pedido de desfiliação do PSDB e, em público, dizem não ter pressa para assinar a filiação ao PV. "Eu ainda estou em tratativas iniciais. Não quero precipitar, mas é a minha tendência (ir para o PV)", afirmou Gilberto Natalini. Empolgada com o reforço do "ex-tucano", Marina Silva pretende conversar pessoalmente com Natalini para dar as "boas vindas".

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Já Silvano contou que vem estudando os programas dos partidos e que vai para a legenda que mais se aproximar de seus "princípios". Segundo aliados, o vereador pretende se aprofundar nos temas ambientais. "São vários os partidos com quem conversei e o PV é um deles", tergiversou Silvano.

Além do PV, Natalini e Silvano também são cortejados pelo Partido Social Democrático (PSD), do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab. "Quem estiver em dúvida entre PV e Kassab, é melhor ir para o partido do Kassab. Nós queremos um novo jeito de fazer política, as pessoas precisam entrar no projeto. Não nos interessa crescimento desqualificado", avisou Brusadin.

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