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Mário sai do armário

Ex-prefeito de Salvador, o radialista Mrio Kertsz d o pontap inicial na corrida pela Prefeitura da capital baiana de forma inusitada: espalha outdoors pela cidade com cara de candidato, mas anunciando entrevista no rdio

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Romulo Faro e Jaciara Santos_Bahia247 - Agora é (quase) oficial. Depois de rolar de boca em boca, a pretensão do ex-prefeito Mário Kertész de voltar a ocupar o palácio Thomé de Souza já está nas ruas: desde o domingo (2), dezenas de placas de outdoor estampam a figura do radialista em pose de candidato. Mas, espera um pouco. Não se trata de propaganda eleitoral (ação proibido pela legislação em vigor), mas do anúncio do projeto MK Entrevista, marcado para o fim do mês, aqui em Salvador.

A peça é uma criação de profissionais do grupo Metrópole. E, há que se reconhecer, trata-se de uma grande sacada. Afinal, desde que o Bahia 247 cantou a pedra, no comecinho do mês passado (lembra aí da matéria "Você conhece o Mário?") que o assunto virou o principal assunto nos meios políticos. Entre aplausos de uns e muxoxos de outros, MK só se divertia. Ora dava uma de joão-sem-braço; ora negava... Agora, pelo visto, jogou o barro na parede, na base do se colar, colou.

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Dono do dote mais cobiçado dentre os virtuais candidatos à sucessão do prefeito João Henrique, Mário é disputado por vários partidos, embora ao Bahia 247 uma fonte do PMDB tenha garantido há pouco que é por esse partido que ele vai sair. MK não diz sim, nem diz não, apenas flerta. Resta saber até quando o jogo vai durar. O outdoor pode ser apenas o começo. Para quem já viu, a peça publicitária é um bom teste para Mário saber se está mesmo bom na fita.

Em tempo, a campanha (ops!) o programa "MK entrevista", com a participação do empresário Joaci Góes e a colunista da Folha de São Paulo Eliane Cantanhêde, vai ao ar no dia 23 e terá como cenário o Hotel Fiesta. O entrevistado será o jornalista Sebastião Nery, mas a estrela mesmo será o Mário. Quer apostar?

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Depois das várias investidas do PMDB, os principais partidos de oposição na Bahia, DEM e PSDB, resolveram unir forças para convencer o ex-prefeito e radialista Mário Kértesz a entrar na disputa pelo Thomé de Souza em 2012. E o clamor da minoria parece estar dando certo. Fugindo da estratégia de figuras como Alice Portugal (PCdoB), Marcos Medrado (PDT), ACM Neto (DEM), Antônio Imbassahy (PSDB) e Nelson Pelegrino (PT), que já começaram campanha no corpo a corpo, Mário vai na diplomacia.

A grande da sacada da campanha publicitária para o MK Entrevista é atingir uma camada social que não é muito seguidora de Mário em sua rádio, o povão. O público do programa apresentado pelo ex-prefeito são as classes A e B. Não tem nada a ver? Então, vamos lá. Por que os outdoors não expõem as fotos dos entrevistados? Seria bastante coerente, não? Os encontros dos oposicionistas com Mário têm se tornado cada vez mais frequentes, sobretudo com os irmãos Vieira Lima, os comandantes do PMDB baiano. E avisam: muitos ainda estão por vir.

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A movimentação vem deixando os governistas de cabelo em pé. O raciocínio é lógico. O PT quer a oposição barulhenta, desnorteada, batendo cabeça, cheia de candidatos encabeçando chapas diferentes. Seria melhor para o governo, "unido". Em sua coluna de hoje, no A Tarde, o jornalista Samuel Celestino, faz a análise da repercussão que o movimento pró-Mário tem causado no âmago do PT. Ele diz que a articulação causou muita surpresa. Para Samuel, O PMDB, na pessoa de Geddel, tem certeza de que Wagner não esperava pela manobra política. E que, pelo contrário, imaginava que uma fragmentação de candidaturas favoreceria o PT e seus aliados.

Mas, além da união das oposições em prol da cada vez mais lúcida candidatura de Mário Kertész, o governo corre o sério risco de ser o principal causador do seu câncer, um racha da base. Tudo por causa da vaidade do próprio PT de Pelegrino, que não abre mão de que o candidato da dita "base" seja dos seus quadros.

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Ora, como bem questiona o PCdoB, por que o PT não pode apoiar também? Os comunistas têm ressaltado que marcham juntos com os petistas há duas décadas. Sempre apoiando. Assim é com PRB, com PDT, com PSB, com PP. A desculpa dos petistas é a de que as discussões devem passar pelo crivo do governador Jaques Wagner, "o líder do projeto no estado". Advinha o partido de Wagner. Coincidência ou não, ele é do PT.

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