Membro da CPI propõe criação de quatro sub-relatorias
Na proposta, o deputado Rubens Bueno, lder do PPS, alega que medida tornaria mais consistentes os resultados da comisso, mas ele admite tambm a inteno de evitar que todoo funcionamento da CPI do Cachoeira fique nas mos do governo
PPS - Para agilizar e tornar mais consistentes os trabalhos da CPMI do Cachoeira, o líder do PPS na Câmara, deputado federal Rubens Bueno (PR), vai propor a criação de quatro sub-relatorias com o objetivo de dividir as áreas de investigação da comissão. A sugestão do partido será apresentada na primeira reunião de trabalho, que deve acontecer ainda nesta semana.
“A CPI vai tratar de um esquema criminoso complexo, que atinge não só os jogos ilegais, mas também tráfico de influência, pagamento de propina, superfaturamento de obras federais, estaduais e municipais, além de lavagem de dinheiro e financiamento ilegal de campanhas. Concentrar tudo isso na mão de um único parlamentar é prenúncio de fracasso. Imaginem a pressão em cima do relator. O ideal é dividir esse trabalho para que possamos aprofundar todas as ramificações da organização comandada por Cachoeira”, defende Bueno, que é membro titular da CPMI.
Inicialmente, o parlamentar sugere a criação de quatro sub-relatorias: de Movimentação Financeira, responsável por analisar as quebras de sigilo bancário e fiscal); de Contratos, que fará uma devassa nos negócios entre as empresas ligadas ao esquema, com a Construtora Delta, e governos federal, estaduais e municipais; de Jogos Ilegais e Loterias, para esmiuçar o funcionamento do esquema de contravenção e de loterias estaduais comando pelo grupo de Cachoeira; e a de Normas de Combate à Corrupção, que ficará responsável por elaborar sugestões da CPMI para o combate aos crimes de colarinho branco.
Rubens Bueno ressalta que a mesma estratégia foi adotada durante a CPI dos Correios e deu ótima resultado. “Das últimas CPIs que tivemos, a dos Correios, que adotou as sub-relatorias, foi a que deu melhor resultado. Por causa dela o escândalo do mensalão não passou para a história como ‘piada de salão’ e se transformou em processo do Supremo Tribunal Federal”, compara o líder do PPS.
A divisão dos trabalhos, reforça o parlamentar, ainda pode evitar que todo o funcionamento da CPI fique nas mãos do governo. “Não é bom para a sociedade uma CPI controlada pelo governo, que obviamente tem seus interesses. Com as sub-relatorias, a oposição também poderia atuar em postos de destaque da comissão e contribuir para que se esclareça todos os detalhes desse escândalo. E, não custa lembrar, CPI é um instrumento das minorias”, pondera Bueno.
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