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Mesmo denunciado, Cunha acredita ter “legitimidade”

Dono de contas secretas em bancos da Suíça e dos Estados Unidos, por onde passaram dezenas de milhões de reais em pagamentos de propina, denunciado ao STF e investigado por autoridades suíças, o presidente da Câmara afirmou nesta segunda-feira 19 ter "legitimidade para executar todos os atos da função" para a qual foi eleito e que, por isso, não irá renunciar; "Esqueçam, não vou renunciar", reafirmou; se não for cassado antes, uma vez que também é alvo no Conselho de Ética da Câmara, Eduardo Cunha é a esperança da oposição para implementar no Congresso um processo de impeachment; mas como sugeriu a presidente Dilma, qual sua moral para poder dar início ao afastamento de um presidente?

Dono de contas secretas em bancos da Suíça e dos Estados Unidos, por onde passaram dezenas de milhões de reais em pagamentos de propina, denunciado ao STF e investigado por autoridades suíças, o presidente da Câmara afirmou nesta segunda-feira 19 ter "legitimidade para executar todos os atos da função" para a qual foi eleito e que, por isso, não irá renunciar; "Esqueçam, não vou renunciar", reafirmou; se não for cassado antes, uma vez que também é alvo no Conselho de Ética da Câmara, Eduardo Cunha é a esperança da oposição para implementar no Congresso um processo de impeachment; mas como sugeriu a presidente Dilma, qual sua moral para poder dar início ao afastamento de um presidente? (Foto: Gisele Federicce)
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247 – Alvo de duas denúncias da Procuradoria Geral da República ao Supremo Tribunal Federal e investigado por autoridades suíças, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), acreditar ter "legitimidade" para cumprir todos os papéis atribuídos à sua função. Cunha é responsável por decidir se a Câmara aceita ou não processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff.

"Tenho legitimidade para executar todos os atos da função [para] que fui eleito", disse em entrevista nesta segunda-feira. "Aqueles que desejam a minha saída têm de esperar o fim do mandato para escolher outro", acrescentou, insistindo que não irá renunciar ao cargo.

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"Eu fui eleito pela Casa, aqui só cabe uma maneira de eu sair, é renunciar, e eu não vou renunciar. Aqueles que acham que podem contar com minha renúncia, esqueçam, eu não vou renunciar. Não tem plano A, B, C, D ou E, não tem plano nenhum. Qualquer discussão ou especulação que está sendo feita é pura perda de tempo, porque não vai acontecer absolutamente nada, vai continuar exatamente do jeito que está", disse.

Levado a comentar as declarações feitas ontem por Dilma na Suécia, onde "lamentou" que as denúncias de corrupção da Suíça fossem contra um brasileiro, Cunha respondeu lamentar "que seja com um governo brasileiro o maior escândalo de corrupção do mundo."

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Cunha também será investigado no Conselho de Ética da Câmara por quebra de decoro parlamentar. Se não renunciar, pode ter o mandato cassado por ter mentido à CPI da Petrobras em março deste ano, quando negou ser dono de contas secretas no exterior. A afirmação provou-se mentira após denúncias do Ministério Público suíço e a divulgação de documentos pessoais e assinatura do deputado ligados às contas.

O peemedebista é a esperança da oposição para que o Legislativo dê sequência a um processo de impeachment contra Dilma. Um novo pedido de impeachment, assinado pelos advogados Hélio Bicudo e Miguel Reale Jr. e pelo líder tucano Carlos Sampaio, deve ser protocolado nesta terça na Câmara. Ele incluir o parecer de um técnico do TCU que aponta que as chamadas 'pedaladas fiscais' também ocorreram em 2015.

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A legitimidade de Cunha, porém, apesar de sua opinião contrária, coloca em risco a estratégia dos golpistas, que já dura quase um ano, desde o fim das eleições presidenciais, quando o senador Aécio Neves (PSDB-MG) foi derrotado. Recentemente, a presidente questionou os "moralistas sem moral" que querem-na fora da presidência. Um dos exemplos é Eduardo Cunha.

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